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Vaivém das commodities
MAURO ZAFALON @ - mzafalon@folhasp.com.br
EFEITO LIMITADO
A lista dos países que embargaram a carne de frango do Rio
Grande do Sul, devido ao foco
de Newcastle, é grande e já chega a 38, incluindo a União Européia. A perda de receitas externas, no entanto, deve ser pequena, assim como ocorreu
com a carne bovina no caso da
febre aftosa em Mato Grosso do
Sul e no Paraná.
DESVIO DE COMPRAS
Os mesmos países que suspenderam as compras da região
do foco de Newcastle -uma
área de participação restrita
nas exportações gaúchas- devem continuar importando
frango de outras áreas no próprio Estado. Se desistirem do
Rio Grande do Sul, vão acabar
buscando frango para importar
em outros Estados brasileiros.
EM BAIXA
A dificuldade que os frigoríficos encontram em desovar as
carnes de frango e de suíno derrubaram as cotações desses
produtos em São Paulo. O quilo
de ave viva caiu para R$ 0,85
ontem. Já a arroba de suíno está entre R$ 25 e R$ 27 no mercado paulista.
FIM DAS QUEDAS
A deflação dos preços dos
produtos agrícolas no atacado
chegou ao fim. Após subir 0,8%
em maio, a alta foi ainda maior
em junho: 1,6%, puxada por arroz em casca (18%), cana-de-açúcar (7%) e milho (5%). Em
12 meses, no entanto, os preços
no atacado ainda mantêm queda de 6,1%, segundo o IGP-10
da FGV.
DEMANDA MENOR?
O governo chinês encontrou
dificuldades para achar comprador para o açúcar que colocou em leilão nesta semana.
Como a China é o segundo
maior consumidor mundial, o
mercado vê essa demanda fraca
como uma redução na procura
pelo produto, segundo a
Bloomberg.
MAIS QUEDA
Os preços do açúcar voltaram
a cair ontem nas principais Bolsas de commodities. Em Nova
York e Londres, a queda foi de
2% no primeiro contrato. Na
BM&F, o recuo foi de 1,1%.
CELULOSE EM ETANOL
Alan MacDiarmid, Prêmio
Nobel de Química de 2000,
quer aumentar as pesquisas para a transformação de celulose
em etanol. Em reunião, ontem,
com Guedes Pinto (Agricultura), ele diz que um plano desse
poderia ser desenvolvido por
Brasil, China, Coréia, EUA e
Nova Zelândia.
MENOS FERTILIZANTES
A renda menor dos produtores fez com que a entrega de
adubos e fertilizantes recuasse
3% até junho em relação ao ano
anterior, segundo a Anda. Uma
eventual concentração no segundo semestre preocupa as
indústrias.
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