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EQUIPAMENTOS
Vendas da filial brasileira crescem 2% nos últimos nove meses
Siemens mundial fatura
mais, mas lucro desagrada
ANTONIO CARLOS SEIDL
enviado especial a Haia
O presidente mundial da Siemens, Heinrich von Pierer, disse
que as vendas da subsidiária brasileira da multinacional alemã alcançaram US$ 1,55 bilhão nos primeiros nove meses do atual ano
fiscal (outubro de 97 a setembro
de 98), representando um crescimento de 2% em relação ao mesmo período do ano anterior.
Em entrevista em Haia, Pierer
disse que o Brasil foi responsável
por 3% do faturamento mundial
da Siemens no período.
Os pedidos em carteira da Siemens do Brasil atingiram US$ 1,77
bilhão, registrando um crescimento de 2%.
Segundo Pierer, esses números
indicam que a Siemens cumprirá a
meta de um faturamento superior
a US$ 2 bilhões no Brasil neste
ano.
Essa meta será alcançada apesar
da queda nas vendas do setor de
telecomunicações, na esteira da
suspensão dos investimentos da
Telebrás por causa do processo de
privatização.
O presidente mundial da Siemens disse que as vendas totais do
grupo atingiram nos primeiros
nove meses do ano fiscal US$ 45,5
bilhões (mais 15%). Os pedidos em
carteira somaram US$ 48,6 bilhões (mais 6%).
Insatisfação
O lucro líquido, porém, cresceu
apenas 5%, alcançando US$ 990
milhões, ficando abaixo da previsão da empresa, que era de um
crescimento de 15%.
"Estou completamente insatisfeito com o nosso lucro. O atual
valor das ações da Siemens nas
Bolsas de Valores também reflete a
insatisfação dos investidores",
afirmou.
Crise asiática
Pierer disse que a crise asiática
foi um dos principais fatores responsáveis pelo decepcionante lucro da Siemens nos nove primeiros meses do ano fiscal 97/98.
O impacto da crise asiática no
desempenho do grupo significou
uma queda de 21% nos pedidos
em carteira naquela região, que
somaram US$ 5 bilhões.
Com exceção da Ásia, os negócios internacionais da Siemens
apresentaram bons resultados.
Fora da Alemanha, os pedidos alcançaram US$ 34,3 bilhões, o que
representou aumento de 11%. As
vendas de US$ 31,4 bilhões significaram um aumento de 22%.
As atividades internacionais respondem agora por cerca de 70%
do faturamento total da multinacional alemã.
Os maiores ganhos no exterior
foram registrados nas Américas,
onde os pedidos, com um aumento de 22%, alcançaram US$ 11,2
bilhões. Os EUA são responsáveis
por US$ 6,9 bilhões desse total.
O jornalista ANTONIO CARLOS SEIDL viajou à
Holanda a convite da Siemens
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