São Paulo, segunda, 20 de julho de 1998

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Anunciante já checa aceitação de novos produtos pela rede

da Reportagem Local

Os anunciantes ainda não tratam a Internet como uma nova mídia, mas a maioria não ousa desperdiçar o perfil diferenciado do usuário da rede. No Brasil: 19% ganham mais de 50 salários mínimos, e a grande maioria tem nível de escolaridade superior, segundo pesquisa recente do Ibope.
Além disso, a resposta é imediata. Sempre haverá um internauta disposto a se pronunciar sobre qualquer novidade.
A Volkswagem, por exemplo, usou a Internet para preencher um hiato criado entre o lançamento do seu Polo Classic e a efetiva chegada do carro às lojas, em 96.
A agência AlmapBBDO criou um site, que "vendia" um carro verdadeiramente globalizado. O site recebeu quase 20 mil visitas no mês anterior ao início das vendas.
Foi o primeiro caso, no Brasil, em que a campanha publicitária do carro entrou primeiro na Internet e depois nas mídias convencionais. Mas, recentemente, a Fiat usou estratégia semelhante para lançar seu novo modelo, o Marea.
A publicidade ainda não gera receita suficiente para pagar a produção do conteúdo que circula pela rede. Mas já tem gente ganhando algum dinheiro.
O Cadê? (um localizador de informações) é um serviço bancado por publicidade. O faturamento foi de R$ 500 mil em 97. Gustavo Viberti, diretor-presidente da empresa, espera faturar R$ 1,8 milhão neste ano.
O Universo Online (UOL) -site brasileiro que está entre os dez de maior audiência no mundo- tem uma carteira com cem clientes, sendo 60 deles ativos, além de um shopping virtual com 32 lojas.
A publicidade está entrando lentamente na rede. Por meio de banners -o anúncio interativo da Internet-, o anunciante aproveita a audiência de um site consagrado, ou cria um site institucional.
(SILVANA QUAGLIO)



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