do Painel S/A

"Já tivemos que avisar nossos clientes sobre a possibilidade de não conseguirmos cumprir com os prazos", diz Gilberto Galan, diretor da Embraer, preocupado com os efeitos da operação-padrão da Receita nas exportações e importações.
A Embraer espera fechar o ano como a terceira maior exportadora brasileira, com US$ 1,2 bilhão. Mas, segundo Galan, a produção está próxima de ser afetada "pela falta de componentes importados (turbinas, asas e sistemas)".
Definindo a situação como muito preocupante, Galan afirmou que a paralisação está ocorrendo em um momento particularmente delicado para a Embraer. "Temos de acelerar a produção. Estamos exportando seis jatos por mês e vamos chegar a dez em meados de 99".
A paralisação dos fiscais no porto de Santos preocupa também Roberto Segatto, presidente da Abracex (Associação Brasileira de Comércio Exterior). De acordo com a associação, muitas empresas estão com contêineres parados do porto há mais de duas semanas. "No caso das pequenas empresas, os prejuízos são ainda maiores."
Segatto e Galan concordam que os atrasos podem prejudicar a imagem do Brasil no exterior.



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