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São Paulo, sábado, 20 de setembro de 2003

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AUTOMÓVEIS

Descontos sobre os preços de tabela atraíram consumidores às lojas

Com ajuda, venda de carros deslancha

DA REPORTAGEM LOCAL

Após despencarem no mês de agosto, as vendas de automóveis reagiram na primeira quinzena deste mês, impulsionadas principalmente pelos descontos agressivos oferecidos por concessionárias e montadoras.
É o que mostra levantamento da Fenabrave (associação dos distribuidores de carros), que mediu a comercialização no varejo nos primeiros 15 dias deste mês.
Foram vendidas 51,75 mil unidades, com alta de 31,47% ante o mesmo período de agosto e mais do que as vendas da primeira metade de setembro de 2002, quando foram comercializadas 51,36 mil unidades.
A comparação mais representativa, apontam analistas, é em relação ao ano passado, já que em agosto as vendas foram fracas por causa da expectativa da redução do IPI -anunciada em 5 de agosto- que "travou" o mercado nas semanas anteriores.

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A participação dos automóveis populares nas vendas cresceu na primeira quinzena de setembro, atingindo cerca de 60%. No mesmo período de agosto, o percentual foi de 57,7%.
Especialistas acreditam que a principal razão para a reação nas vendas são os descontos oferecidos por concessionárias e montadoras, que chegam a praticar preços até 20% abaixo da tabela.
De acordo com levantamento das consultorias AutoInforme e Molicar, o desconto médio geral do mercado é de 7,6%. Considerando somente os carros de até 2.000 cilindradas, o desconto médio é ainda maior, de 7,9%.
É por causa da quantidade e da proporção dos descontos oferecidos que alguns analistas acreditam que o efeito da redução de 3% no IPI dos automóveis foi apenas psicológico.
"O que aconteceu é que o consumo que ficou reprimido nas semanas anteriores à redução, por causa da expectativa de corte no IPI, está voltando agora aos patamares anteriores", analisa o consultor José Eduardo Favaretto.
Ele acredita que, a partir de agora, as vendas devem se manter nesses patamares, "talvez com uma pequena melhora por causa das reduções da Selic".
Outros especialistas acreditam que as montadoras, mais do que as concessionárias, estão e devem continuar bancando grandes descontos sobre a tabela para garantir vendas e "justificar" a ajuda recebida do governo com a redução do imposto. (MAELI PRADO)


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