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São Paulo, sábado, 20 de setembro de 2003

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Queda em projetos faz banco ter sobra de até R$ 3 bi no orçamento

DA SUCURSAL DO RIO

O orçamento do BNDES para este ano, de R$ 34 bilhões, deverá ter uma sobra de R$ 2 bilhões a R$ 3 bilhões, segundo o presidente do banco, Carlos Lessa. Para o ano que vem, no entanto, Lessa disse que o conselho de administração já aprovou um aumento de R$ 13 bilhões no orçamento, que totalizará R$ 47 bilhões.
Entre janeiro e agosto deste ano, as aprovações de novos projetos pelo BNDES caíram 39%, na comparação com o mesmo período do ano passado. Os pedidos (consultas) de novos empréstimos por parte dos empresários tiveram queda de 29%, na mesma comparação. A direção do banco tem atribuído essas quedas ao baixo crescimento da economia.
"Acho que vamos desembolsar um pouco menos do que o nosso orçamento. Eu gostaria que ficasse entre R$ 2 bilhões e R$ 3 bilhões. É a minha intenção, mas um banco é muito complicado. A intenção de fazer a operação depende da vontade do banco e da vontade do mutuário. Depende também do mutuário trazer um projeto consistente com todas as certificações", afirmou Lessa.
"Para o ano que vem, estamos absolutamente convencidos de que o Brasil retomará o crescimento. E essa retomada passa, necessariamente, pelo BNDES", disse Lessa. "O que sobrar utilizaremos no ano que vem. Já propusemos que o orçamento do ano que vem seja de R$ 47 bilhões."
Lessa disse também que espera anunciar já na próxima semana um novo financiamento de R$ 1 bilhão para a Embraer. Neste ano, a empresa já havia recebido mais de US$ 500 milhões.

Pesquisa
Ontem, o ministro Roberto Amaral (Ciência e Tecnologia) esteve no banco para anunciar uma parceria entre o ministério, o BNDES e a Finep (Financiadora de Estudos e Projetos) para financiar projetos de pesquisa e inovação tecnológica.
Lessa afirmou que, até por causa da provável sobra no orçamento do ano que vem, não haverá limite para gastos com projetos que forem considerados viáveis pela Finep. "Neste ano, devemos disponibilizar algo em torno de R$ 500 milhões a R$ 1 bilhão, mas o céu é o limite."


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