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'Wall Street' diz que Brasil 'agoniza'
dos enviados especiais a Washington
O governo brasileiro, por meio
da embaixada em Washington,
tentou conter ontem uma nova onda de especulação sobre a possibilidade de desvalorização do real,
levantada pelo jornal "Wall Street
Journal", referência da comunidade financeira dos Estados Unidos.
Na edição da última sexta-feira, o
jornal aponta a mudança na política cambial brasileira como alternativa para restabelecer a confiança do mercado na economia do
país. O título da reportagem, que
recebeu chamada na primeira página do jornal, dizia que o Brasil
"agonizava".
Segundo o jornal, a desvalorização das moedas pode ser "desconfortável" para os mercados emergentes, como Brasil, mas as alternativas a essa medida "são piores
ou inexistentes".
Com base em consultas a analistas do meio acadêmicos dos EUA,
o "Wall Street" afirma que "o sistema cambial fixado pelo Banco
Central é um desastre". O jornal
registra que o presidente Fernando
Henrique Cardoso é contra a desvalorização e menciona que o governo brasileiro investe num entendimento com o FMI (Fundo
Monetário Internacional) como
forma de acalmar o mercado.
O jornal afirma, porém, que a negociação com o FMI é difícil e, portanto, não seria suficiente para
conter a crise de confiança que
abala a economia brasileira.
Em carta ao jornal, o embaixador
Paulo Tarso Flecha de Lima descartou a desvalorização do real e a
criação de controles sobre a saída
de capitais do país.
A carta alega, como base no comunicado conjunto de entendimento entre o governo e o FMI,
que a política cambial já teria recebido o aval do Fundo.
(MS e MD)
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