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São Paulo, sexta-feira, 21 de fevereiro de 2003

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Bush pede que Congresso aprove corte de imposto

DA REDAÇÃO

O presidente dos EUA, George W. Bush, cobrou ação rápida dos congressistas para que seja aprovado, tão logo possível, seu projeto de estímulo econômico, baseado em grande parte em uma nova rodada de redução de impostos.
Opositores da proposta afirmam que ela fará pouco para estimular o crescimento no curto prazo e, mais grave, beneficiará as camadas de maior poder aquisitivo, além de ampliar a desigualdade social.
"Se o Congresso não agir, existe o risco de não termos vitalidade econômica", afirmou Bush, durante um evento em Atlanta, destinado à promoção do plano econômico. "O projeto faz sentido."
O projeto da Casa Branca prevê a redução de US$ 695 bilhões ao longo dos próximos dez anos. No ano passado, Bush já havia conseguido a aprovação de um corte de impostos no valor de US$ 1,35 trilhão, também num período de dez anos.
Entre outras medidas, a nova rodada de cortes de impostos, se aprovada, eliminará a contribuição sobre dividendos de ações. Como os fundos de previdência privada já são isentos, o fim de tal imposto favoreceria apenas os mais ricos, que são os grandes investidores do mercado financeiro.
"A aprovação do projeto de redução de impostos agravaria as perspectivas do orçamento no longo prazo", disseram 450 economistas, entre eles dez premiados com o Nobel, em uma carta publicada no "The New York Times", na semana passada. "A deterioração fiscal reduzirá a capacidade do governo de investir em saúde pública e educação."
Prova do desequilíbrio nas contas é que o país saiu de uma situação de superávit fiscal e deverá registrar neste ano o maior déficit público de sua história. A guerra contra o Iraque só pioraria as contas.


Com agências internacionais


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