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DINHEIRO PERMANECE CARO
Sem nova queda da Selic, instituições cobraram as mesmas taxas para crédito em janeiro
Bancos mantêm juros estáveis, mas altos
CLÁUDIA DIANNI
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
As taxas de juros anuais praticadas pelos bancos mantiveram-se estáveis ou sofreram ligeira
redução em janeiro, apesar de o
Banco Central ter interrompido
a trajetória de queda do juro básico (Selic) no mês passado.
A variação, porém, foi pequena e o preço do dinheiro ainda
continua "elevadíssimo", disse o
chefe do Departamento Econômico do BC, Altamir Lopes.
Para as pessoas físicas, a taxa
média de juros variou em pouco
mais de um ponto percentual,
diminuindo de 66,6% para
65,4% -a menor média desde
os 63,5% de março de 2001.
Os juros permaneceram estáveis para pessoas jurídicas. A variação de dezembro para janeiro
foi de 30,2% para 30,1%. O percentual de inadimplência entre
as empresas caiu de 4% para
3,9%, enquanto entre as pessoas
físicas houve pequeno aumento
-de 13,8% para 14,1%.
De acordo com Lopes, a estabilidade na taxa de inadimplência permitiu uma pequena redução na cobrança do "spread" (diferença entre o custo que os
bancos pagam para captar dinheiro no mercado e a taxa cobrada dos clientes) de 14,4% para 14,3% no caso de pessoas jurídicas e de 50,8% para 50,0% nas
operações de crédito para pessoas físicas.
Em janeiro, os juros médios
cobrados pelos bancos no cheque especial, os mais caros do
mercado, ficaram em 143,5% ao
ano, uma pequena queda em relação aos 144,6% de dezembro.
Os juros para o crédito pessoal e
para aquisição de veículos também diminuíram, de 80,3% para
79,1% e de 36,9% para 36,1%,
respectivamente.
Fevereiro
Os dados parciais deste mês
confirmam que a interrupção da
queda da Selic não causou pressão para o aumento dos juros no
mercado. Até o dia 9, as médias
dos juros para pessoas jurídicas
e físicas ficaram em 30,2% e
64,8%, respectivamente.
O uso do cheque especial voltou a ficar um pouco mais barato: 143,3% ao ano. Os juros para
crédito pessoal e para financiamento de veículos também diminuíram, respectivamente, para 78,8% e 35,2%.
O volume de crédito diminuiu
de R$ 136,1 bilhões em dezembro para R$ 135,1 bilhões em janeiro (pessoas jurídicas) e aumentou de R$ 88,1 bilhões para
R$ 89,6 bilhões (pessoas físicas).
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