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São Paulo, sexta-feira, 21 de março de 2003

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Barril fecha na menor cotação em 3 meses em NY

Opep garante fornecimento, e petróleo desaba ainda mais

DA REDAÇÃO

A Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) anunciou ontem que permitirá que seus membros ampliem sua oferta acima das cotas de produção estabelecidas pelo cartel. Já os Estados Unidos informaram que ainda não pensam em utilizar suas reservas estratégicas de petróleo no momento, na expectativa de que a Opep consiga compensar qualquer problema de abastecimento.
As cotações do petróleo tiveram um dia de grande oscilação, reflexo da ansiedade das corretoras em relação às notícias que vinham do Iraque. Chegou-se a falar que poços iraquianos teriam sido incendiados, mas a informação não foi confirmada.
As cotações registraram o sexto dia seguido de queda na Bolsa Mercantil de Nova York. O barril para entrega em maio perdeu 4,2% e fechou a US$ 28,61 -o menor preço em três meses. Em Londres, o preço ficou em US$ 25,50, um recuo de 4,7%.
"O prêmio [sobretaxa" de guerra está caindo, com a crescente certeza de vitória", disse Peter Gignoux, do Salomon Smith Barney em Londres.
O secretário de Energia dos EUA, Spencer Abraham, disse que os atuais níveis de fornecimento são adequados ao nível de consumo do país. Mas, caso seja necessário, as reservas estratégicas serão utilizadas.
"A ação da Opep e dos principais produtores, como a Arábia Saudita, e, se necessário, nossas enormes reservas estratégicas vão garantir que a economia tenha o fornecimento de energia que necessita", disse Abraham.
As reservas dos EUA guardam 600 milhões de barris de petróleo. A Arábia Saudita, principal produtor do planeta, acumulou um estoque de 50 milhões de barris também para serem liberados em caso de problemas no fornecimento global em decorrência do conflito no golfo Pérsico.
Em 2001, os EUA foram responsáveis por 27% de todas as importações mundiais. A Europa importou um pouco mais (27,6%). Os EUA são o país que mais consome petróleo no mundo -perto de 20 milhões de barris ao dia. A produção local responde por pouco mais da metade do gasto.
O Oriente Médio fornece 40% do petróleo vendido mundialmente. Os carregamentos não teriam sido abalados de maneira significativa, apesar da notícia de que petroleiros estariam se negando a navegar na região.


Com agências internacionais


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