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Barril fecha na menor cotação em 3 meses em NY
Opep garante fornecimento, e petróleo desaba ainda mais
DA REDAÇÃO
A Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo)
anunciou ontem que permitirá
que seus membros ampliem sua
oferta acima das cotas de produção estabelecidas pelo cartel. Já os
Estados Unidos informaram que
ainda não pensam em utilizar
suas reservas estratégicas de petróleo no momento, na expectativa de que a Opep consiga compensar qualquer problema de
abastecimento.
As cotações do petróleo tiveram
um dia de grande oscilação, reflexo da ansiedade das corretoras
em relação às notícias que vinham do Iraque. Chegou-se a falar que poços iraquianos teriam
sido incendiados, mas a informação não foi confirmada.
As cotações registraram o sexto
dia seguido de queda na Bolsa
Mercantil de Nova York. O barril
para entrega em maio perdeu
4,2% e fechou a US$ 28,61 -o
menor preço em três meses. Em
Londres, o preço ficou em US$
25,50, um recuo de 4,7%.
"O prêmio [sobretaxa" de guerra está caindo, com a crescente
certeza de vitória", disse Peter
Gignoux, do Salomon Smith Barney em Londres.
O secretário de Energia dos
EUA, Spencer Abraham, disse
que os atuais níveis de fornecimento são adequados ao nível de
consumo do país. Mas, caso seja
necessário, as reservas estratégicas serão utilizadas.
"A ação da Opep e dos principais produtores, como a Arábia
Saudita, e, se necessário, nossas
enormes reservas estratégicas vão
garantir que a economia tenha o
fornecimento de energia que necessita", disse Abraham.
As reservas dos EUA guardam
600 milhões de barris de petróleo.
A Arábia Saudita, principal produtor do planeta, acumulou um
estoque de 50 milhões de barris
também para serem liberados em
caso de problemas no fornecimento global em decorrência do
conflito no golfo Pérsico.
Em 2001, os EUA foram responsáveis por 27% de todas as importações mundiais. A Europa importou um pouco mais (27,6%).
Os EUA são o país que mais consome petróleo no mundo -perto
de 20 milhões de barris ao dia. A
produção local responde por
pouco mais da metade do gasto.
O Oriente Médio fornece 40%
do petróleo vendido mundialmente. Os carregamentos não teriam sido abalados de maneira
significativa, apesar da notícia de
que petroleiros estariam se negando a navegar na região.
Com agências internacionais
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