São Paulo, sexta-feira, 21 de junho de 2002

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CAMPANHA

Objetivo é atrair empresas e jovens para o Centro de Solidariedade

Pequenas e médias são alvo da Força

DA REPORTAGEM LOCAL

Para divulgar os serviços que presta ao trabalhador desempregado, a Força Sindical lançou uma campanha institucional com a instalação de cem outdoors em São Paulo e 50 em Recife (PE). É que nessas duas cidades funcionam o Centro de Solidariedade ao Trabalhador, que integra o Sine (Sistema Nacional de Emprego).
Além de habilitar trabalhadores para receber o seguro-desemprego, esses centros captam vagas nas empresas e encaminham desempregados para preenchê-las, depois de selecioná-los sem cobrar pelo serviço. Os custos são bancados pelo FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador) -80%- e pela Força -20%.
A campanha é dirigida a pequenas e médias empresas e a jovens em busca do primeiro emprego. Segundo a Força, os grandes empregadores já utilizam os serviços do Centro de Solidariedade. Os pequenos e médios ainda receiam usá-los por preconceito e por desconhecimento dos serviços prestados, informa a central.
Planejada desde 2001, a campanha foi elaborada pela agência Light e não tem caráter político, segundo a Força. A imagem de Paulo Pereira da Silva, presidente licenciado da central e vice na chapa do presidenciável Ciro Gomes (PPS), não é usada.
"A Força Sindical não vai parar enquanto ele [Paulinho" faz campanha. Isso prejudicaria o objetivo do Centro de Solidariedade, que é alcançar suas metas anuais de produtividade", informa.
Para a campanha, foram gastos R$ 400 mil -25% para outdoors e 75% para mídia impressa (publicações especializadas, dirigidas a empresários, a profissionais de recursos humanos e a jovens).
Sobre os logotipos do Ministério do Trabalho, FAT e governo federal usados na campanha, a central informa que o convênio com o ministério e o fundo obriga a entidade a usar os símbolos, "conferindo maior transparência à ação".
O convênio permite à Força usar até 7% do valor total gasto no ano para propaganda. O orçamento anual para a prestação dos serviços do Centro de Solidariedade é de R$ 17,17 milhões, o que permitiria à Força gastar R$ 1,2 milhão em propaganda.
"Como o orçamento é apertado, a Força estabeleceu um teto menor -de R$ 960 mil para todo o ano-, o que dá 5,6% do total." No cadastro do Centro de Solidariedade existem 70 mil empresas, com cerca de 15 mil vagas por dia. (CR e FF)

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