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AVIAÇÃO
Segundo o ministro do Desenvolvimento, apoio virá a partir de estudo do BNDES e será anunciado em até três semanas
Governo socorrerá setor aéreo, diz Amaral
RICARDO REGO MONTEIRO
DA SUCURSAL DO RIO
O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Sergio Amaral, afirmou que em até três semanas o governo vai anunciar medidas de cunho regulatório e
fiscal de socorro a empresas do setor aéreo.
Segundo o ministro, a iniciativa visa aumentar a competitividade das companhias, que encontram-se em dificuldades principalmente após o atentado de 11 de setembro nos Estados Unidos.
Embora não tenha detalhado as
medidas, ou a forma de ajuda às
empresas, o ministro deu a entender que o apoio ocorrerá a partir
de propostas do estudo que o
BNDES vem desenvolvendo há
meses para o setor. "É uma questão de reestruturação do setor
[aéreo". E o BNDES está conduzindo isso muito bem."
Amaral participou ontem, na
sede do banco, no Rio, da solenidade de inauguração da exposição comemorativa dos 50 anos do
banco. Na ocasião, o presidente
do BNDES, Eleazar de Carvalho
Filho, disse que a instituição vai financiar a instalação, no Brasil, de
empresas da China, Índia, Rússia
e Ucrânia.
A iniciativa faz parte de um
acordo, ratificado pelo banco,
com instituições financeiras de
fomento daqueles países. Pelo
acordo, as instituições também se
comprometem a financiar a instalação de empresas brasileiras em
seus territórios.
Eleazar disse que as empresas
brasileiras que optarem pela expansão internacional vão dispor
de cinco anos de prazo, em média,
para amortizar os recursos obtidos em dólar no BNDES.
Os empréstimos serão liberados, segundo ele, após a assinatura, pelo presidente Fernando
Henrique Cardoso, em duas ou
três semanas, de um decreto que
modifica o estatuto do BNDES.
Na prática, o documento vai permitir que o banco empreste recursos para empresas de fora do Brasil, o que não era permitido por
ser interpretado como financiamento ao desenvolvimento de
terceiros.
Eleazar informou que os recursos serão financiados por meio de
uma nova linha de crédito, aprovada na última reunião da diretoria do banco, no início desta semana.
As empresas que optarem pela
linha, segundo ele, terão que se
comprometer a exportar produtos nacionais. Do contrário, ficarão sujeitas a algum tipo de punição ainda a ser definida.
Na prática, as unidades a serem
instaladas no exterior terão que se
responsabilizar pela aquisição de
pelo menos parte dos insumos no
Brasil, o que, em tese, beneficiará
a balança comercial brasileira.
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