São Paulo, sábado, 21 de julho de 2001

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PROTESTO

Manifestação com a presença da CUT e de anarcopunks reúne 4.000

SP tem ato antiglobalização pacífico

FLÁVIA SANCHES
RICARDO GRINBAUM


DA REPORTAGEM LOCAL

Diferentemente do que ocorreu em Gênova, o protesto contra a globalização realizado ontem em São Paulo foi pacífico.
A manifestação reuniu cerca de 4.000 pessoas, das 10h às 15h -números da Polícia Militar. Ativistas e policiais fizeram um pacto informal de não-agressão.
O ato mais "violento" foi incendiar a bandeira americana e falsos dólares em frente do consulado americano, nos Jardins.
A Polícia Militar, que destacou 200 homens para operação, separou a passeata em dois blocos, manifestantes da CUT e dos anarcopunks, para evitar conflitos.
Embora alguns comerciantes tenham baixado a porta de muitas lojas, não houve violência. Ninguém queria repetir as cenas de 20 de abril, quando a avenida Paulista foi cenário de um confronto que deixou cerca de dez feridos e 69 pessoas detidas.
"Quem jogar uma pedra na polícia será tratado como um agente infiltrado", gritou um dos organizadores, para um grupo de 300 ativistas antiglobalização antes do início da passeata.
"Se nos jogarem ovos, vamos fazer uma omelete. Não vamos reagir a nenhuma provocação", disse o coronel da Polícia Militar Alexandre Melchior Rodrigues.
Durante todo o percurso entre a praça Oswaldo Cruz e o consulado, as bandeiras pretas com o símbolo da anarquia seguiram na primeira ala da passeata, e as vermelhas da CUT e do MST, atrás. E só se uniram na hora de queimar a dos americanos em frente ao consulado do país.
Estiveram presentes na manifestação João Pedro Stedile, coordenador nacional do MST, e João Felício, presidente da CUT.



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