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PROTESTO
Manifestação com a presença da CUT e de anarcopunks reúne 4.000
SP tem ato antiglobalização pacífico
FLÁVIA SANCHES
RICARDO GRINBAUM
DA REPORTAGEM LOCAL
Diferentemente do que ocorreu
em Gênova, o protesto contra a
globalização realizado ontem em
São Paulo foi pacífico.
A manifestação reuniu cerca de
4.000 pessoas, das 10h às 15h
-números da Polícia Militar.
Ativistas e policiais fizeram um
pacto informal de não-agressão.
O ato mais "violento" foi incendiar a bandeira americana e falsos
dólares em frente do consulado
americano, nos Jardins.
A Polícia Militar, que destacou
200 homens para operação, separou a passeata em dois blocos,
manifestantes da CUT e dos anarcopunks, para evitar conflitos.
Embora alguns comerciantes
tenham baixado a porta de muitas
lojas, não houve violência. Ninguém queria repetir as cenas de 20
de abril, quando a avenida Paulista foi cenário de um confronto
que deixou cerca de dez feridos e
69 pessoas detidas.
"Quem jogar uma pedra na polícia será tratado como um agente
infiltrado", gritou um dos organizadores, para um grupo de 300
ativistas antiglobalização antes do
início da passeata.
"Se nos jogarem ovos, vamos fazer uma omelete. Não vamos reagir a nenhuma provocação", disse
o coronel da Polícia Militar Alexandre Melchior Rodrigues.
Durante todo o percurso entre a
praça Oswaldo Cruz e o consulado, as bandeiras pretas com o
símbolo da anarquia seguiram na
primeira ala da passeata, e as vermelhas da CUT e do MST, atrás. E
só se uniram na hora de queimar
a dos americanos em frente ao
consulado do país.
Estiveram presentes na manifestação João Pedro Stedile, coordenador nacional do MST, e João
Felício, presidente da CUT.
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