DE BUENOS AIRES

A preocupação com a possibilidade de uma crise no sistema financeiro, que seria provocada por uma corrida aos bancos para saques de depósitos, levou o Banco Central da Argentina a adotar uma série de medidas preventivas nos últimos dias, que incluem flexibilizações nos requisitos de liquidez e empréstimos de grande somas aos bancos - anteontem, foram US$ 1,9 bilhão.
As precauções passaram a ser tomadas no início deste mês, quando boatos de renúncia do ministro da Economia, Domingo Cavallo, e do presidente Fernando de la Rúa detonaram a nova crise de confiança que atinge a Argentina.

Depósitos
Do início do mês até a última terça-feira, último dado disponibilizado pelo Banco Central do país, houve uma queda de US$ 4,3 bilhões nos depósitos totais no sistema financeiro argentino, o equivalente a 5% do total (US$ 85,1 bilhões no dia 2).
A queda foi maior, porém, nos depósitos do setor público (12%) do que nos depósitos do setor privado (3,6%).
Grande parte dos depósitos retirados seriam de grandes empresas e de grandes investidores estrangeiros, cujas somas têm maior impacto no geral.
Além disso, existe um fator sazonal na queda verificada nos depósitos, por conta dos pagamentos de salários. O pagamento é efetuado nos primeiros cinco dias úteis do mês.
(RW)



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