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Bovespa quer liberação de saque do FGTS
DA REPORTAGEM LOCAL
Uma das principais reivindicações dos representantes do mercado de capitais é a aprovação de
um projeto de lei que permita a
utilização pelos trabalhadores de
parte do seu FGTS para a compra
de ações.
Em março, o presidente da Bovespa, Raymundo Magliano Filho, fez uma peregrinação a Brasília para conquistar apoio à aprovação do projeto que estabelece as
regras para o uso do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço
(FGTS) nas operações de compra
de ações. Magliano visitou os gabinetes do vice-presidente José
Alencar e dos senadores das comissões onde tramita o projeto.
Desde a campanha, a Bovespa
tem discutido o tema com o PT. A
aproximação do PT com a Bolsa
surgiu por iniciativa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, após
ele visitar a instituição, como candidato, em agosto de 2002.
Por enquanto, o mercado de
ações não ganhou nenhum estímulo extra do atual governo. Neste ano, 14 companhias deixaram
de ser listadas na Bovespa. Restam 386 empresas, de um montante que encostou em 600 no início dos anos 90.
"Não há estímulo para uma empresa abrir seu capital. O mercado
carece de demanda de investidores. O baixo crescimento da economia também inibe o apetite das
empresas em captar recursos para
financiar investimentos", afirma
Jacopo Valentino, diretor do BNP
Paribas Asset Management.
O governo do ex-presidente
Fernando Henrique Cardoso permitiu que os trabalhadores comprassem ações com recursos do
FGTS. A primeira vez foi em agosto de 2000, quando eles puderam
comprar ações da Petrobras. A
outra foi em março do ano passado, quando foi possível adquirir
papéis da Vale do Rio Doce.
A atual falta de liquidez na Bovespa também não estimula a
compra de ações. Na última sexta-feira, a Bovespa fechou com
13.794 pontos. O Ibovespa
-principal índice da Bolsa-
chegou a alcançar 18.951 pontos,
em março de 2000.(FV)
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