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São Paulo, segunda-feira, 21 de julho de 2003

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Bovespa quer liberação de saque do FGTS

DA REPORTAGEM LOCAL

Uma das principais reivindicações dos representantes do mercado de capitais é a aprovação de um projeto de lei que permita a utilização pelos trabalhadores de parte do seu FGTS para a compra de ações.
Em março, o presidente da Bovespa, Raymundo Magliano Filho, fez uma peregrinação a Brasília para conquistar apoio à aprovação do projeto que estabelece as regras para o uso do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) nas operações de compra de ações. Magliano visitou os gabinetes do vice-presidente José Alencar e dos senadores das comissões onde tramita o projeto.
Desde a campanha, a Bovespa tem discutido o tema com o PT. A aproximação do PT com a Bolsa surgiu por iniciativa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, após ele visitar a instituição, como candidato, em agosto de 2002.
Por enquanto, o mercado de ações não ganhou nenhum estímulo extra do atual governo. Neste ano, 14 companhias deixaram de ser listadas na Bovespa. Restam 386 empresas, de um montante que encostou em 600 no início dos anos 90.
"Não há estímulo para uma empresa abrir seu capital. O mercado carece de demanda de investidores. O baixo crescimento da economia também inibe o apetite das empresas em captar recursos para financiar investimentos", afirma Jacopo Valentino, diretor do BNP Paribas Asset Management.
O governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso permitiu que os trabalhadores comprassem ações com recursos do FGTS. A primeira vez foi em agosto de 2000, quando eles puderam comprar ações da Petrobras. A outra foi em março do ano passado, quando foi possível adquirir papéis da Vale do Rio Doce.
A atual falta de liquidez na Bovespa também não estimula a compra de ações. Na última sexta-feira, a Bovespa fechou com 13.794 pontos. O Ibovespa -principal índice da Bolsa- chegou a alcançar 18.951 pontos, em março de 2000.(FV)

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