São Paulo, quinta-feira, 21 de julho de 2005

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Índices de preço continuam próximo de zero

IVONE PORTES
DA FOLHA ONLINE

Os índices de preços continuam próximos de zero, apesar da manutenção dos juros em 19,75% ao ano desde o mês passado, depois de nove altas consecutivas. Ontem, dois indicadores voltaram a apontar que não há pressão sobre os preços.
O IPC (Índice de Preços ao Consumidor) da Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas, da USP) apresentou estabilidade nos últimos 30 dias terminados em 15 de julho. Já o IGP-M (Índice Geral de Preços ao Mercado), da Fundação Getulio Vargas, registrou deflação de 0,25% na segunda prévia deste mês.
No caso do município de São Paulo, a Fipe só não apurou deflação por conta dos aumentos nos preços de pacotes de viagens e de planos de saúde. O IPC-Fipe vinha registrando taxas negativas desde meados de junho. Na divulgação da semana passada, o indicador teve queda média de 0,13% nos preços e, no fechamento de junho, ficou negativo em 0,20%.
Os pacotes de viagens e os contratos de assistência médica foram os dois itens individuais que tiveram as maiores altas na última pesquisa, com variações de 6,56% e 1,73%, respectivamente. Juntos, contribuíram com um impacto positivo de 0,10 ponto percentual no índice.
O coordenador da pesquisa da Fipe, Paulo Picchetti, explica que o aumento nos preços de viagens é sazonal, por conta do período de férias, e deve continuar pressionando o índice até o final do mês. Já os impactos dos reajustes nos planos de saúde serão distribuídos ao longo do ano, dependendo da data do contrato.

Frio
A chegada do frio fez também os preços do grupo vestuário subirem 0,77%, após alta de 0,18% na quadrissemana anterior e queda de 0,16% em junho.
Os produtos agrícolas, entretanto, continuaram pressionando o índice para baixo. Com isso, o grupo alimentação registrou deflação pela quinta quadrissemana seguida, ao recuar 1,30%. Segundo Picchetti, o movimento dos agrícolas deve ajudar a manter a inflação de São Paulo próxima de zero até o final deste mês.
O economista destacou o fato de os preços no atacado continuarem em queda, o que levou o IGP-M (Índice Geral de Preços ao Mercado), calculado pela Fundação Getúlio Vargas, a continuar com deflação, porém menos acentuada do que no mês anterior.


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