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Índices de preço continuam próximo de zero
IVONE PORTES
DA FOLHA ONLINE
Os índices de preços continuam próximos de zero,
apesar da manutenção dos
juros em 19,75% ao ano desde o mês passado, depois de
nove altas consecutivas. Ontem, dois indicadores voltaram a apontar que não há
pressão sobre os preços.
O IPC (Índice de Preços ao
Consumidor) da Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas
Econômicas, da USP) apresentou estabilidade nos últimos 30 dias terminados em
15 de julho. Já o IGP-M (Índice Geral de Preços ao Mercado), da Fundação Getulio
Vargas, registrou deflação
de 0,25% na segunda prévia
deste mês.
No caso do município de
São Paulo, a Fipe só não apurou deflação por conta dos
aumentos nos preços de pacotes de viagens e de planos
de saúde. O IPC-Fipe vinha
registrando taxas negativas
desde meados de junho. Na
divulgação da semana passada, o indicador teve queda
média de 0,13% nos preços e,
no fechamento de junho, ficou negativo em 0,20%.
Os pacotes de viagens e os
contratos de assistência médica foram os dois itens individuais que tiveram as maiores altas na última pesquisa,
com variações de 6,56% e
1,73%, respectivamente.
Juntos, contribuíram com
um impacto positivo de 0,10
ponto percentual no índice.
O coordenador da pesquisa da Fipe, Paulo Picchetti,
explica que o aumento nos
preços de viagens é sazonal,
por conta do período de férias, e deve continuar pressionando o índice até o final
do mês. Já os impactos dos
reajustes nos planos de saúde serão distribuídos ao longo do ano, dependendo da
data do contrato.
Frio
A chegada do frio fez também os preços do grupo vestuário subirem 0,77%, após
alta de 0,18% na quadrissemana anterior e queda de
0,16% em junho.
Os produtos agrícolas, entretanto, continuaram pressionando o índice para baixo. Com isso, o grupo alimentação registrou deflação
pela quinta quadrissemana
seguida, ao recuar 1,30%. Segundo Picchetti, o movimento dos agrícolas deve
ajudar a manter a inflação de
São Paulo próxima de zero
até o final deste mês.
O economista destacou o
fato de os preços no atacado
continuarem em queda, o
que levou o IGP-M (Índice
Geral de Preços ao Mercado), calculado pela Fundação Getúlio Vargas, a continuar com deflação, porém
menos acentuada do que no
mês anterior.
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