São Paulo, sexta-feira, 21 de setembro de 2007

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Vaivém das commodities

MAURO ZAFALON - mzafalon@folhasp.com.br

COMPRA NA ARGENTINA
As importações brasileiras de carnes frescas da Argentina subiram 55% nos oito primeiros meses deste ano em relação a igual período de 2006. As de couro tiveram evolução de 154%, enquanto as de miúdos avançaram 670% no período. Os dados são da Senasa, o serviço de inspeção argentino.

EFEITO FRIGORÍFICOS
Essa elevação da importação de produtos da Argentina -e também do Uruguai- está ligada à maior presença de frigoríficos brasileiros nos países vizinhos. Com canais de distribuição desenvolvidos no Brasil, esses frigoríficos têm maior facilidade em colocar produtos argentinos e uruguaios diferenciados no mercado. Além disso, o real forte em relação ao peso favorece as operações.

CAMINHO INVERSO
Mas os argentinos também estão importando mais do Brasil. Nos oito primeiros meses deste ano, gastaram 94% a mais em carnes frescas e 72% a mais em carnes processadas, conforme dados da Senasa.

MILHO TRANSGÊNICO
A CTNBio concedeu parecer favorável à liberação comercial de mais um milho transgênico. Desta vez foi o Bt11, resistente a insetos, da Syngenta. É a terceira aprovação de variedade geneticamente modificada de milho. Em maio e em agosto, a CTNBio havia liberado a comercialização de versões tolerante a herbicidas e resistente a insetos.

NITROGÊNIO
O uso racional do nitrogênio na produtividade agrícola é um dos desafios do setor. Esse elemento químico é utilizado na fabricação de fertilizantes nitrogenados. Pesquisadores, ambientalistas, setor de saúde e indústrias vão buscar respostas em uma conferência no próximo mês, na Bahia.

DANOS
Se bem utilizado, o nitrogênio ajuda na produtividade. Em excesso, causa sérios danos ao solo e ao ambiente, segundo especialistas do setor.

ESTOQUES BAIXOS
O Canadá, importante fornecedor de trigo no mercado internacional, está com estoques de apenas 6,8 milhões de toneladas, volume 30% inferior ao do mesmo período do ano passado, segundo estatísticas do governo canadense. A queda nos estoques mundiais deu forte impulso aos preços do produto, que acumula alta de 108% nos últimos 12 meses.

FEIJÃO
O mercado de feijão permanece aquecido. Ontem, a saca de 60 kg do tipo carioquinha chegou a ser comercializada a R$ 105, com alta de 2,5%, conforme levantamento diário de preços da Folha. A redução na oferta do produto impulsionou os preços para cima.


Texto Anterior: Petrobras: Teste confirma óleo leve na bacia de Santos
Próximo Texto: EUA dão passo que pode desbloquear Rodada Doha
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.