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Vaivém das commodities
MAURO ZAFALON - mzafalon@folhasp.com.br
COMPRA NA ARGENTINA
As importações brasileiras
de carnes frescas da Argentina
subiram 55% nos oito primeiros meses deste ano em relação
a igual período de 2006. As de
couro tiveram evolução de
154%, enquanto as de miúdos
avançaram 670% no período.
Os dados são da Senasa, o serviço de inspeção argentino.
EFEITO FRIGORÍFICOS
Essa elevação da importação
de produtos da Argentina -e
também do Uruguai- está ligada à maior presença de frigoríficos brasileiros nos países vizinhos. Com canais de distribuição desenvolvidos no Brasil, esses frigoríficos têm maior facilidade em colocar produtos argentinos e uruguaios diferenciados no mercado. Além disso,
o real forte em relação ao peso
favorece as operações.
CAMINHO INVERSO
Mas os argentinos também
estão importando mais do Brasil. Nos oito primeiros meses
deste ano, gastaram 94% a mais
em carnes frescas e 72% a mais
em carnes processadas, conforme dados da Senasa.
MILHO TRANSGÊNICO
A CTNBio concedeu parecer
favorável à liberação comercial
de mais um milho transgênico.
Desta vez foi o Bt11, resistente a
insetos, da Syngenta. É a terceira aprovação de variedade geneticamente modificada de milho. Em maio e em agosto, a CTNBio havia liberado a comercialização de versões tolerante a herbicidas e resistente a
insetos.
NITROGÊNIO
O uso racional do nitrogênio
na produtividade agrícola é um
dos desafios do setor. Esse elemento químico é utilizado na
fabricação de fertilizantes nitrogenados. Pesquisadores,
ambientalistas, setor de saúde
e indústrias vão buscar respostas em uma conferência no próximo mês, na Bahia.
DANOS
Se bem utilizado, o nitrogênio ajuda na produtividade. Em
excesso, causa sérios danos ao
solo e ao ambiente, segundo especialistas do setor.
ESTOQUES BAIXOS
O Canadá, importante fornecedor de trigo no mercado internacional, está com estoques
de apenas 6,8 milhões de toneladas, volume 30% inferior ao
do mesmo período do ano passado, segundo estatísticas do
governo canadense. A queda
nos estoques mundiais deu forte impulso aos preços do produto, que acumula alta de 108%
nos últimos 12 meses.
FEIJÃO
O mercado de feijão permanece aquecido. Ontem, a saca
de 60 kg do tipo carioquinha
chegou a ser comercializada a
R$ 105, com alta de 2,5%, conforme levantamento diário de
preços da Folha. A redução na
oferta do produto impulsionou
os preços para cima.
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