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Mantega já admite expansão abaixo de 4%
PEDRO SOARES
DA SUCURSAL DO RIO
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, reconheceu ontem que o crescimento da economia poderá ser inferior a 4%
neste ano. "A economia está
aquecida e deverá continuar
aquecida até o final do ano.
Agora, eu não sei dizer se vai
completar os 4% por causa daquele desaquecimento do primeiro semestre", afirmou.
Para o ministro, o crescimento será de 3,5% a 4%. "Estamos
crescendo e passaremos para
2007 com uma trajetória de
crescimento. [A expansão] Pode ser de 3,5% a 4% [em 2006]."
Em suas últimas declarações, o
ministro previa um expansão
do PIB de 4% neste ano, apesar
da desaceleração da economia
no segundo trimestre.
Mais importante do que o
percentual de crescimento neste ano, diz Mantega, é que "todos os sinais" mostram que a
economia está aquecida e que
manterá o ritmo em 2007.
"Posso garantir que no segundo
semestre o crescimento está
mais elevado do que 4%", disse
o ministro, que participou ontem de almoço com economistas e intelectuais tidos como
desenvolvimentistas, no Rio.
Entre os indicadores que
apontam tal expansão, o ministro citou o crescimento do emprego com carteira, a redução
da inadimplência e o aumento
da confiança do consumidor.
O PIB do terceiro trimestre
ainda não foi divulgado pelo IBGE. No segundo trimestre,
cresceu 0,5% na comparação livre de influências sazonais com
o primeiro trimestre, quando a
expansão havia sido maior
(1,3%). No primeiro semestre
de 2006, a economia cresceu
2,2% -menos do que em igual
período de 2005 (3,4%).
Ainda sobre sua projeção inicial de crescimento de 4% de
crescimento do PIB, Mantega
disse que ela poderá eventualmente ser revista, "se for o caso", mas só após o conhecimento dos dados do 3º trimestre.
Mantega disse ainda que a
tendência é "flexibilizar" mais a
política monetária num eventual segundo governo do PT,
com novas reduções da taxa básica de juros. Nesta semana, o
BC cortou a taxa para 13,75% ao
ano, no 11º corte seguido.
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