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PREÇOS
Variação do combustível foi de 4,9%; produtos "in natura" têm queda
Gasolina sobe menos e alivia inflação
MAURO ZAFALON
DA REDAÇÃO
Os reajustes da gasolina perderam força em São Paulo e vão
pressionar a inflação menos do
que se previa. A avaliação é de
Paulo Picchetti, coordenador do
Índice de Preços ao Consumidor
da Fipe (Fundação Instituto de
Pesquisas Econômicas).
Os preços médios do combustível na primeira semana deste mês
mostraram evolução de 6,2% em
relação aos da primeira de novembro. Já na segunda semana, a
variação do combustível foi menor e superou em apenas 4,9% o
do mesmo período do mês passado, conforme acompanhamento
feito pela Fipe.
Picchetti diz que a "puxada" nos
preços logo após os reajustes liberados pela Petrobras é normal.
Mas o recuo da taxa chegou mais
rápido. O economista da Fipe
atribui esse movimento dos preços a "uma forte concorrência entre os postos".
Apesar da pressão menor do
que o previsto da gasolina, o coordenador do IPC da Fipe mantém
a estimativa de inflação em 0,60%
para este mês. Os produtos "in
natura" tiveram comportamento
inverso ao do combustível, segundo Picchetti.
Produtos "in natura"
Na terceira quadrissemana de
novembro, os preços médios dos
produtos "in natura" registraram
queda de 3% em relação aos 30
dias imediatamente anteriores.
Essa desaceleração dos preços foi
ficando menor e esteve em 1,71%
na segunda quadrissemana do
mês de dezembro.
A queda dos "in natura" já fez o
custo médio dos alimentos ficar
estável na mais recente pesquisa
da Fipe. Em novembro, esse setor
registrou deflação de 0,23%.
Picchetti diz que a inflação está
concentrada em poucos itens. A
taxa divulgada ontem para a segunda quadrissemana deste mês
mostrou evolução média de
0,55% e apenas cinco produtos foram responsáveis por 64% da taxa
de inflação.
Para o economista da Fipe, não
há pressões na inflação. O principal fator negativo, e que tem motivado as decisões da política monetária, é a persistência das expectativas de inflação elevada, segundo o coordenador do IPC da Fipe.
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