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ENERGIA
Valor é de US$ 300 milhões
Duke vai suspender investimentos no país
DA SUCURSAL RIO
A Duke Energy, empresa geradora de eletricidade, aguarda a
definição do modelo energético
do governo petista para reavaliar
os planos de investimento no Brasil. Até lá, disse o vice-presidente
da companhia, Paulo Henrique
Siqueira Born, os investimentos
estão suspensos.
O plano original de investimentos da companhia no Brasil somam US$ 300 milhões, que seriam gastos em três projetos de
usinas térmicas -uma em Pederneiras (SP) e duas em parceria
com a Petrobras, em Corumbá e
Puerto Soares (MS), na fronteira
com a Bolívia. A construção das
três está suspensa.
Born disse que o governo "está
numa encruzilhada" no que se refere ao modelo energético. Há
duas opções: reformular o atual
ou criar um totalmente novo.
Segundo ele, manter o mesmo
desenho é possível desde que passe por um processo de revitalização. Já criar um novo modelo levará muito mais tempo, disse.
Mesmo assim, Born afirmou
considerar viável a alternativa de
criação de um modelo diferente
do atual porque há mais oferta do
que demanda de energia. Portanto, há tempo disponível.
A Duke Energy Geração Paranapanema é subsidiária da americana Duke Energy. No Brasil, responde por 5% da produção total
de energia do país. Tem oito hidrelétricas ao longo do rio Paranapanema (SP).
Born destacou a necessidade de
que haja uma grande discussão
em torno do modelo para detalhar as reais necessidades do setor. "É preciso discutir com objetividade", afirmou.
Ele disse que o governo deve
priorizar um sistema energético
que tenha como foco atrair investimentos, reduzir riscos e melhorar as tarifas. O modelo em vigor,
desenvolvido pelo governo do ex-presidente Fernando Henrique
Cardoso, foi definido por Born
como "conceitual".
O vice-presidente da companhia participou ontem do seminário "O Modelo Energético em
Análise", realizado no Rio pela
FGV (Fundação Getúlio Vargas).
O governo tem dado sinais de
que prefere um novo modelo.
Tanto a ministra de Minas e Energia, Dilma Rousseff, quanto o presidente da Eletrobrás, Luiz Pinguelli Rosa, já afirmaram o desejo
do governo de encontrar uma nova fórmula, cuja prioridade seja
uma tarifa menor para os consumidores.
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