DA REPORTAGEM LOCAL

Empresas brasileiras subsidiárias ou parceiras de companhias norte-americanas não confirmaram as acusações de irregularidades apontadas pela SEC (Securities and Exchange Commission, órgão de fiscalização dos mercados nos EUA). Segundo reportagem publicada na Folha no último domingo, a SEC detectou o uso de ativos e atividades no Brasil nos escândalos corporativos que abalaram a economia americana no ano passado.
De acordo com o relatório, a Adelphia Communications -uma das maiores operadoras de TV a cabo nos EUA- informou durante dois anos a existência de 15 mil assinantes no Brasil que, na prática, não existiriam. A inclusão desses assinantes no balanço teria como objetivo "melhorar" os números.
A direção da Viacabocom no Brasil, que pertence ao grupo empresarial Viacabotv Adelphia, negou a acusação e classificou-a como "absurda" e "sem sentido".
Instalada em 15 cidades no país, a operadora de TV a cabo declarou que tem 40 mil assinantes no total em terras brasileiras. E negou a informação de que a parceria da Adelphia no Brasil ocorre com empresas "que nunca saíram do papel", como acusa o órgão americano de fiscalização.
"Nossa sede fica em São José dos Campos, no interior de São Paulo, e temos operações no sul do país também. Essas informações de que inchamos números são absurdas. Atingimos 8.000 assinantes, depois 12 mil e, quando chegamos aos 15 mil assinantes, informamos ao mercado", disse Paulo Martins, presidente da empresa no país.
Já a Xerox, também citada nos relatórios da SEC cujos dados foram publicados pela Folha, informou, por meio de sua assessoria de imprensa no país, que as contas da empresa no Brasil ou em qualquer outra subsidiária ao redor do mundo obedecem a normas rígidas de contabilidade estabelecidas pela corporação.
Além disso, segundo a assessoria, a subsidiária não está autorizada a informar dados dos negócios no Brasil de forma dissociada dos resultados de sua matriz.


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