DA REDAÇÃO

O peso mexicano encerrou o dia no menor valor desde o início de sua circulação, em janeiro de 1993. A economia do México é intimamente ligada à norte-americana e sente o impacto causado pelo temor de um conflito contra o Iraque, que parece a cada dia mais inevitável.
Desde o começo do ano, a moeda mexicana já perdeu 4% de seu valor, depois de ter caído 12% no ano passado. A cotação do dólar fechou a 10,83 pesos, com alta de 1,8%, completando cinco dias consecutivos de valorização.
Mais de 80% das exportações mexicanas têm os EUA como destino. Uma guerra contra o Iraque abalaria a economia norte-americana, o que tenderia a reduzir o consumo e, dessa maneira, as importações do país.
Além das perspectivas de menos vendas para os EUA, no caso de uma guerra no Oriente Médio, o mercado mexicano sente os efeitos de uma provável queda nos investimentos estrangeiros. Bancos de investimentos já estão revisando para baixo suas projeções de crescimento para o país.
"Assim que algum risco se aproxima no horizonte dos EUA, o México sofre", disse Fernando Losada, economista sênior do ABN Amro. "Existem muitas incertezas envolvendo o Iraque, e os investidores estão apreensivos."
O risco-país do México vem subindo nos últimos dias, mas segue bem abaixo do brasileiro. Anteontem, o risco do México era de 313 pontos, enquanto o do Brasil era de 1.303 pontos.

Euro e Bolsas
O euro seguiu ganhando terreno em relação ao dólar. A moeda européia encerrou o dia sendo negociada a US$ 1,0677, maior valor desde outubro de 1999.
O temor de guerra e a debilidade econômica nas principais economias do planeta também afetaram as Bolsas, que fecharam em queda. O índice Dow Jones perdeu 1,4%, e a Nasdaq recuou 0,6%. Na Europa, Londres caiu 1,1%, e Frankfurt cedeu 0,8%.


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