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São Paulo, quarta-feira, 22 de janeiro de 2003

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MERCADO FINANCEIRO

Baixa de 1,83% foi impulsionada pelas Bolsas do exterior e pelo temor de guerra contra o Iraque

Bolsa fecha com quinta queda seguida

DA REPORTAGEM LOCAL

Influenciada pelo mau desempenho dos mercados externos e pelo temor de uma guerra contra o Iraque, a Bovespa teve ontem sua quinta queda consecutiva e fechou em baixa de 1,83%.
Segundo analistas, muitos investidores estão se desfazendo de papéis que tiveram fortes altas nos últimos dias para realizar os lucros. A desvalorização atingiu em graus diferentes a maioria das empresas transacionadas na Bolsa. Dos dez papéis de maior liquidez, apenas as ações preferenciais (sem direito a voto) do Bradesco e as PNAs da Vale do Rio Doce fecharam em alta.
Com o mau desempenho de ontem, a Bolsa passou a acumular desvalorização de 0,4% no Ibovespa dos últimos 30 dias.
Os operadores do mercado acreditam que a Bolsa pode voltar a subir, mas tende a passar por instabilidades em razão dos fatores externos e oscilações do dólar.
O dia só foi positivo para as empresas predominantemente exportadoras. Além de terem sofrido depreciação do preço de suas ações nos últimos dias e estarem "baratas", segundo alguns analistas, elas também se beneficiam da alta do dólar, que, somente nos últimos três dias, subiu 5,45%.
As maiores altas do dia foram Siderúrgica Nacional ON (3,1%), Vale do Rio Doce ON (2,2%) e Usiminas PNA (2%).
Por outro lado, as empresas com alto endividamento em dólar foram as que sofreram as maiores quedas no dia.
A notícia de que a Braskem estaria passando por uma crise de crédito que já estaria afetando a sua produção fez com que os papéis preferenciais da empresa caíssem 10,1% e liderassem as baixas do Ibovespa.
As outras maiores quedas foram Cesp PN (7,5%), Light ON (6,8%) e Tele Leste Celular PN (6,1%).

Juros
Na véspera de o Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central) anunciar se irá fazer alguma alteração na Selic (taxa básica de juros), os títulos DI (que consideram os juros interbancários) fecharam em alta. Na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F), os contratos com vencimento em fevereiro subiram de 25,14% para 25,21%, alta de 0,28%. Já os contratos mais negociados ontem, com vencimento em julho, passaram de 25,25% para 25,38%, valorização de 0,51%.


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