São Paulo, quarta-feira, 22 de janeiro de 2003 |
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O VAIVÉM DAS COMMODITIES Suinocultura vai a Brasília O setor de suinocultura se reúne na segunda-feira com o ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues. A reunião servirá para definir alguns pontos essenciais que afetam o setor. Entre eles, as exportações de milho. Opções Valdomiro Ferreira Jr., presidente da Associação Paulista de Criadores de Suínos, admite que as exportações de milho são uma realidade, e o mercado vai buscar os melhores preços para o produto. O governo pode, no entanto, auxiliar com o incentivo no plantio de produtos substitutos -como o sorgo-, seguro para os produtores e contratos de opções. Informatização Os produtores querem propor ao governo uma informatização nacional da produção, o que poderá diminuir o desequilíbrio entre oferta e demanda. Em 2002, a suinocultura teve forte crise devido à redução no faturamento. O Ministério da Agricultura coordenaria essa informatização. Transgênicos Outra preocupação dos suinocultores é com relação aos transgênicos. O Brasil vai exportar milho no primeiro semestre porque a estocagem é cara devido aos juros elevados. No segundo semestre, o país terá de importar. A maior oferta de milho no exterior é de produto transgênico, proibido no Brasil, diz Ferreira. 0 Selo de qualidade Ainda no primeiro semestre deverá ser aprovado o "Selo Produto São Paulo" para a suinocultura. Isso vai melhorar a qualidade da carne e diminuir a marginalidade, diz Ferreira. Preços elevados Os frigoríficos não conseguem repassar para o varejo e para o mercado externo os preços atuais da carne bovina. Vão se reunir e querem uma redução nos preços do boi no pasto. A arroba está em R$ 57 no Estado de São Paulo. Chuva atrapalha Os produtores de feijão tiveram problemas climáticos no plantio no ano passado, o que reduziu a produtividade. Agora, na colheita, as chuvas estão prejudicando a qualidade do produto, provocando uma alta dos preços. No sul do Paraná, a saca do feijão de melhor qualidade vale R$ 108 na roça. Em São Paulo, R$ 117. Preços do leite A menor oferta de leite continua segurando os preços aquecidos. Na Zona da Mata (MG), onde são registrados os preços mais baixos do Estado, o litro do tipo C vai de R$ 0,42 a R$ 0,49. No Vale do Parnaíba, centro-oeste, e no Triângulo Mineiro, os preços vão de R$ 0,47 a R$ 0,55. Em Goiás, giram de R$ 0,47 a R$ 0,52. Pressão menor Os dados de inflação divulgados ontem pela FGV continuam mostrando a forte desaceleração dos preços no atacado, principalmente no dos alimentos. A segunda prévia deste mês mostrou evolução de 1,98%, contra 3,69% na segunda de dezembro. Dados finais A colheita de trigo terminou na Argentina. A safra 2002/3 caiu para 12,5 milhões de toneladas, contra 15,3 milhões no ano anterior. E-mail: mzafalon@folhasp.com.br Texto Anterior: Mercado financeiro: Bolsa fecha com quinta queda seguida Próximo Texto: Leão guloso: Palocci recua e aceita corrigir tabela do IR Índice |
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