São Paulo, domingo, 22 de janeiro de 2006

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Natalidade em baixa preocupa países ricos

DA SUCURSAL DO RIO

Enquanto o Brasil começa a discutir os efeitos positivos que a queda na taxa de fecundidade traz para a população, países desenvolvidos se preocupam com as conseqüências econômicas dessa redução. Uma reportagem da revista "The Economist" deste mês diz que a redução da população desses países não é, necessariamente, uma má notícia, já que isso tende a aumentar o PIB per capita.
No entanto, diz a reportagem, se a população encolhe, há uma tendência natural de o PIB do país encolher, o que é visto por muitas nações como uma possível perda de influência no mundo.
O caso mais emblemático de país desenvolvido que "encolhe" é o Japão. Caso a taxa de fecundidade não aumente (está em 1,3 filho por mulher), o país desapareceria por falta de japoneses em 800 anos. A demógrafa Ana Amélia Camarano, do Ipea, passou quatro meses no Japão em 2005 estudando os efeitos do envelhecimento populacional.
Ela diz que, para estimular o aumento da natalidade e amenizar o padrão de envelhecimento, o governo incentiva as empresas a adotarem políticas pró-natalistas. Para isso, diz ela, o governo criou uma agência governamental para ajudar os japoneses a encontrarem um par e incentivarem o casamento.


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