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Receita suspende 6,5 milhões de CPFs
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A Receita Federal suspendeu
ontem o uso de 6,490 milhões de
CPFs (Cadastro de Pessoa Física)
porque seus titulares não apresentaram, nos últimos dois anos,
declaração de Imposto de Renda
ou de Isento.
Segundo o supervisor nacional
do Imposto de Renda, Joaquim
Adir, o número de suspensões é
inferior ao verificado no ano passado, quando 7,8 milhões de CPFs
foram suspensos. Apesar disso, o
total de documentos em situação
pendente de regularização aumentou.
Em 2004, 17,2 milhões de CPFs
encontravam-se pendentes de regularização. Isso ocorre quando o
contribuinte deixa de apresentar
a declaração por um ano. Neste
ano, o número de documentos
nessa situação subiu para 20 milhões. Adir lembrou que, no caso
das pessoas que tiveram o uso do
CPF suspenso, é preciso procurar
uma agência do Banco do Brasil,
da Caixa Econômica Federal ou
dos Correios para regularizar o
documento. O custo da operação
é R$ 4,50.
Contribuintes que são obrigados a declarar IR precisam também acertar suas contas com a
Receita. "O contribuinte com CPF
suspenso não pode abrir conta
em banco, pode ter sua conta encerrada, não pode obter um financiamento ou constituir uma
sociedade", explicou o supervisor.
Desde 1998, a Receita já suspendeu o uso de 39 milhões de CPFs.
Atualmente, a base do cadastro
conta 150 milhões de inscrições.
Neste ano, somente em São Paulo
foram cancelados 1,6 milhão de
documentos. O estoque de CPFs
suspensos no Estado já chega a 10
milhões.
Ontem, Adir adiantou que a Receita espera receber 20 milhões de
declarações de Imposto de Renda
neste ano. O prazo para os contribuintes apresentarem a declaração começa na próxima terça-feira e vai até 29 de abril.
Neste ano, o programa de ajuste
anual traz algumas mudanças.
Um exemplo é a emissão automática de multa no caso de atraso na
entrega da declaração. Assim que
enviar pela internet suas informações para a Receita e for emitido o
recibo da declaração, o contribuinte receberá a notificação pelo
atraso.
Além disso, todos os contribuintes precisarão informar seu
atual endereço na declaração deste ano. Nos programas anteriores,
era possível importar os dados de
endereço da última declaração.
Isso não será permitido neste ano.
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