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MARKETING
Para escritor, é preciso evitar a crença dominante e buscar nichos de atuação para fugir da crise e ter sucesso
Mudança deve ser estilo de vida, diz Ribeiro
da Reportagem Local
A velocidade das mudanças hoje
em dia exige que as pessoas transformem sua maneira de pensar e
de agir. Na opinião do médico e escritor Lair Ribeiro, é preciso adotar a mudança como um estilo permanente de vida.
"Se você pensa que vai trabalhar
e um dia vai atingir um patamar
em que pode ficar tranquilo, está
vivendo uma utopia", disse Lair
Ribeiro. "O mundo hoje é feito de
atribulações e mudanças."
Lair Ribeiro apresentou a palestra "Como sobreviver em um
mundo em crise", na quarta-feira
passada, no auditório da Folha.
A cada quinzena é feita uma nova
apresentação, como parte do ciclo
"Arena do Marketing", voltado para questões de publicidade e marketing.
Lair Ribeiro descreveu a crise como um momento de transição entre um modelo antigo e uma nova
ordem. "É um período em que ainda se tem resquícios do que existia
e o novo ainda não está totalmente
estruturado."
O autor do livro "O sucesso não
ocorre por acaso" ressaltou que
nos momentos de transição é ainda mais importante se antecipar e
perceber quais são as tendências
dominantes.
"Na crise, o negócio é ver a oportunidade onde ninguém vê", diz
Lair Ribeiro. "Nesse mercado caótico em que vivemos, temos que
descobrir nichos de atuação."
O caminho é fugir do comportamento geral, tentar buscar alternativas. "Se todo mundo vai entrando na recessão, um quebra o outro.
As pessoas que saem dessa crença
são as que conseguem sobreviver e
ter sucesso apesar da crise."
Segundo o escritor, as maiores
fortunas do mundo foram feitas
durante a década de 30, quando os
Estados Unidos enfrentavam uma
grande recessão, decorrente da
quebra da Bolsa de Nova York.
²
Onda
Lair Ribeiro disse que desde o
início, a civilização foi marcada
por ondas de desenvolvimento
econômico, como a da agricultura.
No momento, estamos na quinta
onda, diz Ribeiro, "da imaginação,
da Internet e da realidade virtual".
O volume de informação disponível dobra a cada dois ou três
anos, comenta o escritor. A partir
de 2000 vai dobrar a cada 20 meses
e, em 2010, a cada 80 dias.
"A moeda de hoje é a informação", diz Ribeiro, "mas o produto
informação é altamente perecível". Mesmo que uma pessoa
aprenda muito, sempre estará desatualizada porque o volume de
informação cresce mais rápido do
que a capacidade de absorver as
novidades.
Para ter sucesso, é preciso se
adiantar, perceber quais as novas
tendências. "A vantagem competitiva surge de ver uma coisa que os
outros não estão vendo." Para aumentar a percepção, diz Ribeiro, é
preciso "crer para ver". Não se pode esperar a crise passar, mas buscar alternativas, conclui.
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