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Emergente bate EUA em consumo de petróleo
DA BLOOMBERG
Os congestionamentos do
trânsito de Pequim e os aparelhos de ar-condicionado em
frenético funcionamento em
Dubai estão substituindo as
vias expressas e os bairros de
classe média adjacentes às cidades dos Estados Unidos como impulsionadores dos preços mundiais do petróleo.
Pela primeira vez, China, Índia, Rússia e Oriente Médio vão
consumir mais petróleo bruto
que os Estados Unidos, ao promover a combustão de 20,67
milhões de barris ao dia neste
ano, num aumento de 4,4%, segundo a AIE (Agência Internacional de Energia), com sede
em Paris. A demanda dos Estados Unidos vai cair 2%, para
20,38 milhões de barris/dia,
afirma a AIE.
O crescimento de mais de 8%
alcançado pelas economias de
China e Índia, associado à expansão da compra de automóveis por parte da população
desses dois países-que soma
2,45 bilhões de pessoas-, vai
mais do que cobrir a queda da
demanda norte-americana. A
utilização mundial de petróleo
vai aumentar 2% neste ano devido ao crescimento dos mercados emergentes, diz a AIE.
"Será que os Estados Unidos
continuam tendo importância?", diz Mike Wittner, diretor
de pesquisa petrolífera do Société Générale em Londres.
"Será que os Estados Unidos tiveram importância nos últimos
anos? É discutível. Com relação
ao mercado de petróleo, o crescimento da demanda continuará a ser puxado por China e
Oriente Médio."
O CIBC World Markets, o Société Générale e o Barclays Plc
dizem que os preços do petróleo estão subindo devido à expansão do consumo de combustível por parte dos mercados emergentes, independentemente do desaquecimento
dos Estados Unidos.
""A recessão dos EUA ficará
em segundo plano no mercado
petrolífero", diz Jeffrey Rubin,
economista-chefe do CIBC
World Markets Inc., de Toronto, no Canadá. ""A oferta não
cresce, e a demanda aumenta
de forma robusta no mundo em
desenvolvimento", afirma.
Ontem, a cotação do petróleo
no Texas e em Londres voltou a
bater recordes. O petróleo do
tipo Brent fechou cotado a
US$ 114,43 o barril, alta de
0,45%. No Texas, o barril alcançou a maior cotação da história,
US$ 117,48, alta de 0,68%.
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