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Crise brasileira frustra projetos de Duhalde
DE BUENOS AIRES
A derrocada da economia brasileira deve frustrar os planos do
presidente argentino, Eduardo
Duhalde, de promover uma transição ordenada do governo.
Duhalde planejava antecipar as
eleições presidenciais marcadas
para setembro de 2003 tão logo o
país conseguisse fechar um acordo com o FMI (Fundo Monetário
Internacional) e liberasse, ao menos em parte, depósitos bancários
congelados pelo curralzinho. Sua
avaliação era que essas duas medidas poderiam criar a expectativa de crescimento.
Assim poderia entregar o cargo
a um presidente eleito por seu
próprio partido, o peronista.
Além disso, ele avaliava que teria
uma saída do governo mais elegante do que a de seus antecessores Fernando de la Rúa (1999-2001) e Adolfo Rodríguez Saá (dezembro de 2001), que renunciaram ao cargo.
No entanto, segundo amigos do
presidente ouvidos pelo jornal
"Página 12", Duhalde teria perdido a perspectiva de recuperação
da Argentina nos próximos meses
com o naufrágio da economia
brasileira.
Outro dado sobre pobreza, divulgado ontem, mostra que 3 milhões de argentinos se alimentam apenas com cultivo de hortas próprias.
Bancos
O banco Ciudad tornou-se ontem o primeiro a liberar por conta própria dinheiro do curralzinho. O Ciudad vai devolver os depósitos de até 5 mil pesos na próxima
semana.
O Banco Central da Espanha aconselhou ontem Santander e BBVA a deixar de colocar recursos em suas filiais argentinas.(JS)
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