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Euro sobe e Bolsas caem com tensão no mercado
DA REDAÇÃO
Na América Latina, os efeitos são mais dramáticos, mas a crise financeira está longe de ser uma exclusividade da região. O capitalismo global passa por um momento de séria incerteza, e a insegurança dos investidores se traduz em uma forte desvalorização das Bolsas, que caíram aos piores níveis desde setembro, e na queda do dólar perante outras moedas dos países ricos.
Na semana que passou, o dólar caiu cerca de 2% diante do euro. Ontem, a moeda adotada por 12 países da União Européia encerrou o dia cotada a US$ 0,969 no
mercado de Londres. Trata-se do maior valor de fechamento registrado desde janeiro de 2000.
Em relação ao iene (moeda japonesa), o dólar registra sua pior
cotação em sete meses. Nos últimos 30 dias, o dólar caiu 6% em
relação a uma cesta de moedas.
Na comparação com o pico de janeiro, a queda é de 10%.
O declínio do dólar, que resistiu
valorizado mesmo durante as incertezas trazidas pelos ataques de
11 de setembro, começou em fevereiro. Os analistas apontam dois
fatores para a depreciação: a fragilidade da atividade econômica
dos EUA e a crise de credibilidade
das corporações do país.
O câmbio norte-americano oscila livremente. Até o ano passado, os EUA eram um ímã para os
investimentos estrangeiros. Como havia uma grande entrada de
capitais (no setor produtivo e no
mercado acionário), a moeda dos
EUA se mantinha valorizada.
Agora, a tendência se inverte.
Segundo Tom Pawlicki, analista
da corretora Refco, em Chicago,
pelo atual padrão de desvalorização da moeda norte-americana, o
euro deve chegar a US$ 1 dentro
de três ou quatro meses. Não há
uma disparada do euro, mas sim
ganho constante.
"Virou um efeito "manada'",
afirmou Pawlicki. "O euro não
consegue subir rapidamente, mas
está se valorizando dia após dia."
As Bolsas norte-americanas tiveram a quinta semana seguida
de perdas. O índice Dow Jones recuou ontem 1,89% e 2,3% na semana. Já a Nasdaq, de empresas tecnológicas, caiu 1,62% no pregão de ontem e 4,2% na semana.
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