JULIANNA SOFIA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Pela primeira vez na história, a Caixa Econômica Federal financiará a compra de imóveis para a classe média com recursos do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço).
As novas linhas de crédito estarão disponíveis a partir de 1º de julho e beneficiarão famílias com renda mensal até R$ 4.500.
A vantagem da nova modalidade é o custo do financiamento, que sairá mais em conta para o mutuário. Atualmente, a única opção oferecida pela Caixa para a classe média utiliza recursos do FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador) e tem juros mais altos.
Segundo a Caixa, as novas linhas para classe média serão destinadas à construção e à aquisição de imóveis novos ou na planta. A linha de crédito não poderá ser usada para compra de imóvel usado. Essa possibilidade continua sendo garantida apenas para famílias de baixa renda (até R$ 2.000).
Pelas novas regras, quem tiver renda familiar entre R$ 2.000 e R$ 3.250 poderá comprar imóveis avaliados em até R$ 62 mil. Nesse caso, o limite de financiamento será de R$ 55 mil.
A taxa de juros será de 8,16% ao ano mais TR (Taxa Referencial), além de encargos, como taxa de administração de contrato.
Para a faixa de renda acima de R$ 3.250 e até R$ 4.500, o valor de avaliação do imóvel não pode ultrapassar R$ 80 mil. O financiamento máximo será de R$ 64 mil. Os juros são de 10,16% ao ano mais TR e encargos.
Com a mudança na utilização de recursos do FGTS para habitação, houve pequeno aumento da taxa de juros das linhas de crédito que já existiam para famílias com renda entre R$ 1.000 e R$ 2.000. De 8% ao ano a taxa subiu para 8,16%.
A Caixa avalia que as novas regras beneficiam a classe média baixa e, por esse motivo, justifica-se a concessão de juros subsidiados. Para a classe média em geral, as taxas do financiamento do FAT não contêm subsídios, sendo mais altas.
A previsão do banco é que no início do segundo semestre seja lançada uma nova modalidade de financiamento para a classe média que permitirá a compra de imóveis usados.
A nova linha de crédito deverá ter juros similares aos cobrados pelos bancos privados. Os recursos para o financiamento serão provenientes da emissão de letras hipotecárias pela Caixa.



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