São Paulo, Quinta-feira, 22 de Julho de 1999
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

MERCADO FINANCEIRO

Bovespa segue recuperação de Nova York

da Reportagem Local

A recuperação da Bolsa de Nova York acalmou os mercados externos, incluindo o Brasil. Depois de ter caído 1,71% anteontem, quando o governo norte-americano anunciou que maio registrou um déficit recorde de US$ 21,3 bilhões na balança comercial, o Dow Jones fechou ontem em alta de 0,06%.
A Bolsa de Valores de São Paulo, que havia acompanhado a queda de anteontem, também se orientou pelo índice nova-iorquino e subiu 0,25%.
Como há poucos fatos políticos ocorrendo no Brasil, a Bolsa local busca orientação no comportamento externo.
O anúncio do superávit primário do governo central de R$ 12,27 bilhões no primeiro semestre ocorreu apenas no fim da tarde, quando o mercado já havia fechado.
O dólar comercial apresentou uma pequena variação de alta (0,11%), fechando a R$ 1,814.
Anteontem, a moeda havia pulado de R$ 1,79 para R$ 1,812, refletindo o nervosismo do mercado externo. Ontem, no início dos trabalhos, havia previsão de queda da moeda. Mas, como Nova York oscilou muito durante o dia, os investidores adotaram a cautela.
O mercado acredita que, em caso de novas turbulências externas, o câmbio será o principal atingido, já que é flutuante. Assim, para se prevenir de uma eventual desvalorização do real, há uma busca por dólares. Pela lei de oferta e procura, há uma pressão de alta na cotação da moeda.
Com o cenário externo mais limpo, houve espaço também para uma leve recuperação dos C- Bonds, os títulos brasileiros mais negociados no exterior.
Eles fecharam cotados a 61,56% do valor de face -alta de 0,41% em relação ao dia anterior.
Os C-Bonds são comercializados fora do Brasil e costumam funcionar como um termômetro, indicando o ânimo dos investidores.
Quanto maior o deságio no seu valor de face, menos o comprador acredita que o país será capaz de honrar o pagamento.
Quando há sinais de crise, os investidores costumam fugir dos títulos de dívida de países emergentes (considerados os mais arriscados). (MARCELO DIEGO)


Texto Anterior: Mercado de trabalho: Emprego industrial tem queda de 0,1% em maio, diz o IBGE
Próximo Texto: Cerveja: Cade vai investigar guerra publicitária
Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Agência Folha.