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Na Bolsa, setor de construção é o que mais perde
DA REPORTAGEM LOCAL
As ações das empresas de
construção civil, setor que vive um boom e lucrou R$ 370
milhões no primeiro semestre, lideram a baixa durante o
período da crise nos mercados, de acordo com a consultoria Economática. O setor
tem desvalorização média de
19,47% no preço das ações
desde 19 de julho, dia em que
o Ibovespa registrou a maior
pontuação no ano.
Os bancos, líderes absolutos de lucro no primeiro semestre (R$ 14,522 bilhões),
tiveram uma perda média de
12,83% no valor de suas
ações durante a crise. Já os
papéis das empresas do setor
de petróleo e gás, vice-líder
do ranking do lucro, amargam perdas de 17,17%.
A média da Economática
pondera o desempenho das
ações de acordo com a liquidez que tiveram no período.
O Ibovespa teve baixa de
14,3% desde o dia 19 de julho.
Para Luis Miguel Santacreu, analista de bancos da
Austin Rating, a recente crise nos mercados coloca em
dúvida se os bancos repetirão o mesmo desempenho
no segundo semestre deste
ano. O analista afirma que
tudo dependerá da expansão
do crédito no Brasil e do impacto de variáveis como
câmbio, juros e expectativa
de crescimento.
"Após a crise, a gente tem
de repensar algumas coisas.
Como vai ser o crescimento
da economia? E o comportamento dos juros e do câmbio? A receita de serviços dos
bancos continuará forte,
mas e o crédito? Temos de
ver se os bancos não ficarão
mais conservadores. Se
acontecer isso, o que terá reflexo nos lucros", disse.
Já André Segadilha, gerente de análise da Prosper Corretora, diz que ainda é cedo
para apontar os reais impactos da crise dos mercados na
economia brasileira.
"Não dá para prever o impacto da crise no setor externo e no Brasil. O que dá para
afirmar é que a crise terá um
efeito retardado no mercado
interno brasileiro. Os setores de energia e saneamento
serão os mais poupados",
afirmou Segadilha.
(TONI SCIARRETTA)
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