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São Paulo, sábado, 22 de novembro de 2003

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MERCADO FINANCEIRO

Com 1,4% de alta no período, Bovespa alcançou 19.248 pontos; ação do setor elétrico é destaque

Bolsa encerra semana em nível histórico

DA REPORTAGEM LOCAL

Uma semana de quebra de recordes marcou os negócios na Bolsa de Valores de São Paulo. A redução da taxa básica de juros para 17,5% pelo Copom (Comitê de Política Monetária) ajudou a dar novo ânimo ao mercado de ações.
Ontem a alta foi tímida, de apenas 0,26%. Mas foi suficiente para levar o Ibovespa -índice de maior importância, que acompanha as 54 ações mais negociadas- a uma nova marca recorde: 19.248 pontos.
Nem mesmo o clima negativo no mercado internacional, após os últimos atentados terroristas, parou a Bovespa.
Na semana, a Bolsa paulista acumulou ganho de 1,4%. No ano, o ganho da Bovespa surpreende: 71%.
O destaque do período foi o setor elétrico. Na semana, o IEE -índice que segue as ações do setor- subiu 6,4%. Ontem, o papel preferencial da Cesp disparou 20%, seguido por Light ON (7,8%) e Eletropaulo PN (4,1%). No mercado, os rumores de que as empresas de energia estão negociando com o BNDES novos prazos para pagar suas dívidas alentaram os negócios.
As empresas exportadoras foram as que tiveram o desempenho menos animador da semana. O dólar ameaçou subir -o quê seria positivo para o setor exportador-, mas acabou encerrando a semana com baixa de 0,9%, vendido a R$ 2,923.
As ações ON da Siderúrgica Nacional recuaram 5,96% no período, a maior queda da Bolsa na semana. Em seguida ficou o papel ON da Vale do Rio Doce, com baixa de 3,67%.

Momento positivo
Lá fora, os C-Bonds também tiveram dias de quebra de recordes. Os C-Bonds são os títulos da dívida externa brasileira mais negociados. Os papéis fecharam ontem a US$ 0,9613, com alta de 1,7% na semana.
Com a valorização dos títulos da dívida do Brasil no mercado internacional, o risco-país voltou a cair. O indicador fechou aos 559 pontos, seu menor nível desde maio de 98.
O risco-país em níveis mais baixos é importante para os setores público e privado captarem recursos no mercado externo com maior facilidade e a custos menores.
(FABRICIO VIEIRA)


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