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MERCADO FINANCEIRO
Com 1,4% de alta no período, Bovespa alcançou 19.248 pontos; ação do setor elétrico é destaque
Bolsa encerra semana em nível histórico
DA REPORTAGEM LOCAL
Uma semana de quebra de recordes marcou os negócios na
Bolsa de Valores de São Paulo. A
redução da taxa básica de juros
para 17,5% pelo Copom (Comitê
de Política Monetária) ajudou a
dar novo ânimo ao mercado de
ações.
Ontem a alta foi tímida, de apenas 0,26%. Mas foi suficiente para
levar o Ibovespa -índice de
maior importância, que acompanha as 54 ações mais negociadas- a uma nova marca recorde:
19.248 pontos.
Nem mesmo o clima negativo
no mercado internacional, após
os últimos atentados terroristas,
parou a Bovespa.
Na semana, a Bolsa paulista
acumulou ganho de 1,4%. No
ano, o ganho da Bovespa surpreende: 71%.
O destaque do período foi o setor elétrico. Na semana, o IEE
-índice que segue as ações do setor- subiu 6,4%. Ontem, o papel
preferencial da Cesp disparou
20%, seguido por Light ON
(7,8%) e Eletropaulo PN (4,1%).
No mercado, os rumores de que
as empresas de energia estão negociando com o BNDES novos
prazos para pagar suas dívidas
alentaram os negócios.
As empresas exportadoras foram as que tiveram o desempenho menos animador da semana.
O dólar ameaçou subir -o quê
seria positivo para o setor exportador-, mas acabou encerrando
a semana com baixa de 0,9%, vendido a R$ 2,923.
As ações ON da Siderúrgica Nacional recuaram 5,96% no período, a maior queda da Bolsa na semana. Em seguida ficou o papel
ON da Vale do Rio Doce, com baixa de 3,67%.
Momento positivo
Lá fora, os C-Bonds também tiveram dias de quebra de recordes.
Os C-Bonds são os títulos da dívida externa brasileira mais negociados. Os papéis fecharam ontem a US$ 0,9613, com alta de
1,7% na semana.
Com a valorização dos títulos da
dívida do Brasil no mercado internacional, o risco-país voltou a
cair. O indicador fechou aos 559
pontos, seu menor nível desde
maio de 98.
O risco-país em níveis mais baixos é importante para os setores
público e privado captarem recursos no mercado externo com
maior facilidade e a custos menores.
(FABRICIO VIEIRA)
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