São Paulo, domingo, 22 de novembro de 1998

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Papel cambial ganha espaço

da Reportagem Local
e da Redação


Com a maior desconfiança do mercado no futuro da economia, os títulos públicos indexados à variação cambial também ganharam espaço. Em janeiro do ano passado, eles representavam 10,3% do total. Agora, representam 29,5%.
Ao vender títulos que variam de acordo com o câmbio, o governo assume para si o risco de uma desvalorização do real.
Hoje, o total da dívida em títulos do governo federal está em torno de R$ 300 bilhões. A média de vencimento é de seis meses.
A grande concentração dos vencimentos desses títulos é em janeiro, fevereiro e março de 99.
Em janeiro, vencem cerca de R$ 18,4 bilhões, em fevereiro, R$ 24,7 bilhões e em março, R$ 25,8 bilhões.
A concentração de vencimentos não é desejada, mas não chega a preocupar. Quem financia a dívida interna pública são os fundos de pensão, bancos e fundos de investimento brasileiros. Os investidores externos têm participação menor.
Mesmo sob evasão de divisas, o governo paga mais para refinanciar sua dívida, mas, pelo menos até agora, acaba conseguindo crédito.
No caso da Rússia, que decretou moratória, a dívida interna era quase toda financiada pelo investidor estrangeiro.



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