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Papel cambial
ganha espaço
da Reportagem Local
e da Redação
Com a maior desconfiança do mercado no futuro da
economia, os títulos públicos indexados à variação
cambial também ganharam
espaço. Em janeiro do ano
passado, eles representavam 10,3% do total. Agora,
representam 29,5%.
Ao vender títulos que variam de acordo com o câmbio, o governo assume para
si o risco de uma desvalorização do real.
Hoje, o total da dívida em
títulos do governo federal
está em torno de R$ 300 bilhões. A média de vencimento é de seis meses.
A grande concentração
dos vencimentos desses títulos é em janeiro, fevereiro
e março de 99.
Em janeiro, vencem cerca
de R$ 18,4 bilhões, em fevereiro, R$ 24,7 bilhões e em
março, R$ 25,8 bilhões.
A concentração de vencimentos não é desejada, mas
não chega a preocupar.
Quem financia a dívida interna pública são os fundos
de pensão, bancos e fundos
de investimento brasileiros.
Os investidores externos
têm participação menor.
Mesmo sob evasão de divisas, o governo paga mais
para refinanciar sua dívida,
mas, pelo menos até agora,
acaba conseguindo crédito.
No caso da Rússia, que decretou moratória, a dívida
interna era quase toda financiada pelo investidor
estrangeiro.
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