de Londres

O ministro da Fazenda, Pedro Malan, chega amanhã a Londres, na última etapa do giro internacional para vender a imagem do Brasil a investidores estrangeiros.
Depois de passar por Nova York, Frankfurt e Paris, Malan ficará dois dias em Londres, onde terá encontros com membros do governo britânico e do mercado financeiro europeu.
Analistas ouvidos pela Folha consideram importante o atual esforço de relações públicas do Brasil, tendo em vista algumas reações ao pacote de ajuda ao Brasil.
O pacote, amarrado pelo FMI (Fundo Monetário Internacional), intensificou as críticas à instituição. Desde o último dia 13, quando foi anunciado o pacote, artigos na imprensa internacional perguntam se o FMI não arriscou sua credibilidade e seus recursos em mais um empréstimo-fiasco.
"Um gerente de banco que dá um crédito para um cliente do qual quase nada sabe não volta a emprestar se esse cliente vier a ter um problema sério no futuro", compara Michael Hughes, diretor para mercados emergentes do Fleming Fundo de Investimentos.
"Quanto mais informações, mais inclinação em ajudar", afirmou.
O trabalho de relações públicas do Brasil deve ser melhorado, na opinião de Richard Fox, diretor para a América Latina de uma das maiores agências de análise de risco internacional, a Fitch IBCA.
"O Brasil ainda tem o que aprender com a Argentina. Manter "conference calls' a cada trimestre, por exemplo, para os investidores questionarem o governo e ouvirem a versão oficial, é algo que ainda não é feito."
Fox destaca que, sem informações confiáveis, aumentam as disparidades nas interpretações sobre o cenário econômico brasileiro.
Para John Bowler, especialista em América Latina da Economist Intelligence Unit, é importante a viagem de Malan.
"Falta de transparência leva à desestabilização."



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