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MERCADO FINANCEIRO
Incertezas nos cenários externo e interno influenciam a Bolsa; no ano, desvalorização atinge 1,1%
Na sexta queda seguida, Bovespa cai 2,6%
DA REPORTAGEM LOCAL
O mau humor do mercado externo em razão dos conflitos internacionais fez o Ibovespa fechar
em baixa de 2,55%. Essa foi a sexta queda consecutiva da Bolsa,
que passou a acumular no mês de
janeiro desvalorização de 1,1%.
Para os analistas, a queda ainda
não pode ser considerada um sinal de que a Bolsa foi uma opção
ruim de investimento nos últimos
meses. Isso porque desde o segundo turno das eleições presidenciais, em 27 de outubro, até o
final de 2002, a Bovespa subiu
17,7%. Apesar dela ter continuado a subir nos primeiros dias do
ano, a recuperação rápida após o
período eleitoral fez o preço das
ações brasileiras alcançarem um
patamar considerado "justo".
Com isso, diante da piora do cenário internacional as ações passaram a sofrer quedas.
"Atualmente a Bovespa está repercutindo o dia-a-dia do cenário
dos mercados interno e externo.
Ainda há incertezas políticas e, fora do país, o clima é de possibilidade de uma guerra. A Bolsa andou por um tempo descolada de
tudo e agora passou a andar mais
alinhada com as perspectivas",
disse Marcelo Porto, assessor financeiro da corretora SLW.
As ações que sofreram maior
depreciação no pregão de ontem
foram justamente as que mais haviam subido no início do ano e
que haviam se beneficiado da
queda do dólar por terem um alto
grau de endividamento em moeda estrangeira, como a Brasil Telecom Participações PN, que caiu
6,2%, e a Eletrobras PNB (5,2%).
Por sua vez, as exportadoras foram novamente as maiores altas
do dia, como foi o caso da Embraer, que teve valorização de
2,3% em suas ações preferenciais.
Juros
Após o Copom (Conselho de
Política Monetária do Banco Central) ter aumentado de 25% para
25,5% ao ano a Selic (taxa básica
de juros), o mercado futuro aumentou a projeção de juros para
os próximos meses.
Na BM&F (Bolsa de Mercadorias & Futuros), os contratos DI
(que consideram os juros praticados entre bancos) que movimentaram o maior volume de recursos foram os com vencimento em
julho. Os títulos fecharam com alta de 1,02%. Nos contratos mais
curtos, com vencimento em fevereiro, eles passaram de 25,21% para 25,31%, valorização de 0,4%.
(GEORGIA CARAPETKOV)
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