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PREÇOS
Índice da FGV registra aceleração
IGP-M fica em 0,65% na 2ª prévia de janeiro
ANA PAULA GRABOIS
DA SUCURSAL DO RIO
A inflação acelerou em janeiro,
segundo a FGV (Fundação Getúlio Vargas). A segunda prévia do
IGP-M (Índice Geral de Preços do
Mercado), divulgada ontem, ficou em 0,65%, a maior taxa desde
setembro de 2003 (1,04%).
No mesmo período de dezembro, a taxa fora de 0,46%. A primeira prévia de janeiro apontou
inflação de 0,33%.
A alta da inflação, no entanto, é
vista por Salomão Quadros, coordenador de análises econômicas
da FGV, como um movimento sazonal (típico de cada período).
Dois são os motivos: o aumento
de preços dos produtos agrícolas
e das matrículas escolares.
Segundo ele, não existem pressões inflacionárias que causem
preocupação imediata. Apesar do
aumento da inflação, afirmou ele,
há espaço para o corte de juro.
Para Quadros, o único ponto
que pode explicar o conservadorismo do Banco Central ao manter os juros em 16,5% ao ano é a
intenção dos empresários de recompor as margens de lucro.
Sondagem feita pela FGV em janeiro revelou que 39% dos empresários pretendiam aumentar
os preços no primeiro trimestre.
"O fato novo são as decisões de
reajustes de preço para recompor
margem de lucro. Alguns desses
aumentos já estão acontecendo.
Mas não há indicações de que é
um processo descontrolado."
Na visão de Quadros, a manutenção dos juros foi uma resposta
do BC à expectativa dos empresários de que a economia está se
aquecendo. "Mas não há razão
para uma decisão tão drástica."
Os preços no atacado, medidos
pelo IPA (Índice de Preços por
Atacado), subiram 0,72%, após
alta de 0,44% na segunda prévia
do mês anterior. Os produtos
agrícolas subiram 0,65%.
No varejo, o IPC (Índice de Preços ao Consumidor) passou de
0,30% para 0,65%. Os custos com
educação aumentaram 1,24%. A
alimentação teve alta de 1,25%.
Nos últimos 12 meses, o IGP-M
acumula uma taxa de 6,93%.
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