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SAIBA MAIS
Países informam tipos diferentes de taxas ao FMI
DA REPORTAGEM LOCAL
As taxas de crédito relatadas mensalmente pelas autoridades monetárias ao
FMI não utilizam necessariamente o mesmo conceito.
A maior parte dos países, como o Brasil, informa ao Fundo a chamada "lending rate"
(taxa de empréstimo), que é
uma média dos financiamentos a curto e médio prazo ao setor privado.
Outros, no entanto, como
a Grécia, informam a "working capital loan" (taxa para
capital de giro). EUA, Canadá, Nova Zelândia e Irlanda,
entre outros, informam a
"prime rate" (taxa referencial, a que mais se aproxima
da paga pelo investimento
sem risco).
O Iedi fez dois levantamentos. No primeiro, comparou a economia brasileira
aos principais mercados
emergentes, sem levar em
conta qual o conceito usado
por cada um para informar
suas taxas ao FMI. Nesse caso, o Brasil ganha de todos.
No segundo levantamento, o Iedi incluiu todos os
países -emergentes ou
não- que informam ao
Fundo a "lending rate".
Considerando esses dados, o
Brasil fica atrás apenas de
Angola.
Nos dois casos, o Iedi considerou sempre as últimas
informações disponíveis das
taxas de empréstimo para
cada país.
Se forem considerados os
dados gerais do Fundo, incluindo todos os países, independentemente do conceito por trás dos juros que
informam, além de Angola,
o Brasil também perde do
Zimbábue (onde os juros
chegam a 116% ao ano, dado
de novembro). Nem Angola
nem Zimbábue são considerados emergentes.
Os juros a pessoas físicas e
jurídicas vêm caindo no Brasil. No primeiro trimestre do
ano passado, a taxa de juros
média cobrada do setor privado era de 72,4% ao ano, no
terceiro trimestre, de
65,10%, e, em janeiro deste
ano, de 56,6%.
(MP)
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