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Taxa de importação de álcool será menor
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O governo anunciou ontem que
vai reduzir o imposto de importação do álcool como forma de aliviar o impacto da crise de abastecimento do combustível.
A tarifa de 20% para importar o
produto vai cair para zero até o
fim do mês, quando a resolução
da Câmara de Comércio Exterior
(Camex) deverá ser publicada no
"Diário Oficial" da União.
A redução do imposto vale tanto para o álcool anidro, usado no
Brasil na mistura com a gasolina,
quanto para o álcool hidratado,
usado diretamente como combustível nos veículos.
De acordo com o secretário-executivo da Camex, Mário Mugnaini, o objetivo é facilitar o abastecimento, mas também sinalizar
a outros países que o Brasil tem
um mercado aberto.
"Vários países reclamam que o
Brasil quer vender álcool, mas
tem o mercado fechado", disse.
Segundo ele, a tarifa não servia
para proteger o mercado, já que o
país tem produção competitiva,
mas é parte da estratégia do país
nas negociações internacionais de
comércio.
Na avaliação do ministro da
Agricultura, Roberto Rodrigues, a
redução do imposto não vai facilitar o abastecimento. "Não vai gerar nenhum impacto do ponto de
vista prático. Não há países que
possam exportar álcool para atender uma eventual demanda do
Brasil", disse ele.
O Brasil é o maior produtor
mundial de álcool combustível. O
segundo produtor é o Estado da
Califórnia (Estados Unidos), mas
lá o álcool é extraído do milho,
não da cana-de-açúcar como no
Brasil, e com custo de produção
mais caro. Ou seja, se importado,
esse produto chegaria ao Brasil
com preço maior que o do álcool
nacional.
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