São Paulo, quinta-feira, 23 de fevereiro de 2006

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Taxa de importação de álcool será menor

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O governo anunciou ontem que vai reduzir o imposto de importação do álcool como forma de aliviar o impacto da crise de abastecimento do combustível.
A tarifa de 20% para importar o produto vai cair para zero até o fim do mês, quando a resolução da Câmara de Comércio Exterior (Camex) deverá ser publicada no "Diário Oficial" da União.
A redução do imposto vale tanto para o álcool anidro, usado no Brasil na mistura com a gasolina, quanto para o álcool hidratado, usado diretamente como combustível nos veículos.
De acordo com o secretário-executivo da Camex, Mário Mugnaini, o objetivo é facilitar o abastecimento, mas também sinalizar a outros países que o Brasil tem um mercado aberto.
"Vários países reclamam que o Brasil quer vender álcool, mas tem o mercado fechado", disse. Segundo ele, a tarifa não servia para proteger o mercado, já que o país tem produção competitiva, mas é parte da estratégia do país nas negociações internacionais de comércio.
Na avaliação do ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, a redução do imposto não vai facilitar o abastecimento. "Não vai gerar nenhum impacto do ponto de vista prático. Não há países que possam exportar álcool para atender uma eventual demanda do Brasil", disse ele.
O Brasil é o maior produtor mundial de álcool combustível. O segundo produtor é o Estado da Califórnia (Estados Unidos), mas lá o álcool é extraído do milho, não da cana-de-açúcar como no Brasil, e com custo de produção mais caro. Ou seja, se importado, esse produto chegaria ao Brasil com preço maior que o do álcool nacional.


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