São Paulo, terça-feira, 23 de maio de 2006

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Migrantes são maioria entre domésticas

DA SUCURSAL DO RIO

Moradora da Posse, em Nova Iguaçu (Baixada Fluminense), Patrícia Galdino de Oliveira, 34, sabe o que é ser chefe de família. Por dois anos, o marido ficou desempregado, logo depois do nascimento do segundo filho, Thiago, 3. Trabalhando como faxineira, ela arcou com as despesas da casa sozinha.
Há dois anos o marido Rogério Oliveira voltou a trabalhar, mas ainda ganha menos do que ela. Como porteiro, recebe líquido pouco mais de R$ 300. Oliveira alterna o trabalho diário em duas casas e ganha, em média, R$ 750 mais as passagens.
O setor doméstico é o que mais emprega as mulheres, quase um terço delas. Este também é o serviço que mais emprega os migrantes do Nordeste. Como empregadas domésticas, ganham mais no Sudeste.
Jaciene da Silva, 31, saiu de Salvador, na Bahia. "Fiquei espantada, porque quando cheguei aqui soube que tinha direito a férias, folga. Lá não tem nada disso." Jaciene ganha dois salários mínimos, o dobro do que recebia antes. "Mulher não pode mais ficar sem trabalhar", diz. (TF)


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