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São Paulo, quarta-feira, 23 de julho de 2003

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Veja algumas das razões da crise entre fabricantes

Como as montadoras chegaram a esta situação de vendas em queda e demissões?
Com a alta acumulada do dólar em 2002 (53,2%), os insumos importados (base das montadoras) ficaram mais caros, diminuindo a rentabilidade das fabricantes de automóveis. Parte dos aumentos foi repassado para o consumidor. Como o país enfrenta alta do desemprego, o crédito está escasso e a renda do brasileiro caiu cerca de 15% em um ano, os compradores sumiram.
No primeiro semestre deste ano, em comparação com 2002, as vendas de veículos recuaram 8,2%. Como a produção não caiu na mesma proporção, os pátios das montadoras estão cheios.

Mas por que a preocupação especial com as montadoras?
A indústria automobilística alega que dependem dela uma série de outros setores, que são afetados em cadeia, como as indústrias siderúrgicas e as refinarias de petróleo. A estimativa de especialistas é que há 470 mil pessoas empregadas diretamente pelo setor, incluindo-se aí distribuição de veículos. Além disso, Lula é ex-sindicalista do ABC, região onde estão parte das montadoras.

O que elas querem?
Basicamente, pressionam o governo com pedidos de subsídios para estimular o consumo de automóveis. Querem redução de impostos como IPVA e IPI.

E o governo vai atender?
O governo anunciou que serão tomadas medidas para socorrer o setor, mas sem detalhamento. O ministro Palocci (Fazenda) é contra benefícios que possam acarretar redução de tributos.

Mas por que elas não baixam o preço dos carros?
As montadoras alegam que trabalham no limite de seus custos. Preferem dispensar mão-de-obra.


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