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SAIBA MAIS
Veja algumas das razões da crise entre fabricantes
Como as montadoras chegaram a esta situação de vendas
em queda e demissões?
Com a alta acumulada do
dólar em 2002 (53,2%), os
insumos importados (base
das montadoras) ficaram
mais caros, diminuindo a
rentabilidade das fabricantes de automóveis. Parte dos
aumentos foi repassado para
o consumidor. Como o país
enfrenta alta do desemprego, o crédito está escasso e a
renda do brasileiro caiu cerca de 15% em um ano, os
compradores sumiram.
No primeiro semestre deste ano, em comparação com
2002, as vendas de veículos
recuaram 8,2%. Como a
produção não caiu na mesma proporção, os pátios das
montadoras estão cheios.
Mas por que a preocupação
especial com as montadoras?
A indústria automobilística
alega que dependem dela
uma série de outros setores,
que são afetados em cadeia,
como as indústrias siderúrgicas e as refinarias de petróleo. A estimativa de especialistas é que há 470 mil pessoas empregadas diretamente pelo setor, incluindo-se aí distribuição de veículos.
Além disso, Lula é ex-sindicalista do ABC, região onde
estão parte das montadoras.
O que elas querem?
Basicamente, pressionam o
governo com pedidos de
subsídios para estimular o
consumo de automóveis.
Querem redução de impostos como IPVA e IPI.
E o governo vai atender?
O governo anunciou que serão tomadas medidas para
socorrer o setor, mas sem
detalhamento. O ministro
Palocci (Fazenda) é contra
benefícios que possam acarretar redução de tributos.
Mas por que elas não baixam o preço dos carros?
As montadoras alegam que
trabalham no limite de seus
custos. Preferem dispensar
mão-de-obra.
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