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Economia do Reino Unido fica estagnada pela 1ª vez em 16 anos
DA REDAÇÃO
A economia do Reino Unido
ficou estagnada no segundo trimestre, aumentando as preocupações de o que país já está
em recessão. A última vez que o
PIB britânico não apresentou
crescimento foi em 1992.
O dado também deve aumentar as pressões para que o Banco da Inglaterra (o BC britânico) reduza a sua taxa de juros,
de 5%, para estimular a economia local. Mas, apesar dos sinais de desaceleração da economia nos últimos meses, a entidade não tem mudado a taxa,
especialmente devido à inflação, que está no seu maior nível
em 16 anos. Em julho, a inflação
anual subiu 4,4%, mais que o
dobro da meta do BC, de 2%.
Inicialmente, a estimativa do
Escritório Nacional de Estatísticas apontava um crescimento
da economia britânica de 0,2%
de abril a junho, em relação aos
três meses anteriores, mas os
dados agora apontam para a estagnação, com a revisão da contribuição dos setores de produção, construção e serviços.
A construção, setor que está
em crise no Reino Unido, teve
uma contribuição negativa de
1,1% no PIB do segundo trimestre -a previsão inicial era a de
um aumento de 0,4%. Já a produção caiu 0,8%, 0,6 ponto percentual mais do que inicialmente estimado.
E economistas já apostam
que o PIB deverá se contrair
neste trimestre e nos últimos
três meses do ano, o que colocará a economia do Reino Unido
oficialmente em recessão, o
que não acontece desde 1991.
"Este terceiro trimestre começou com uma trajetória muito
ruim", disse Kevin Daly, economista do Goldman Sachs.
Para George Buckley, economista do Deutsche Bank, a
grande questão não é o país entrará oficialmente em recessão
(dois trimestres consecutivos
de crescimento negativo), mas
a intensidade da crise e quanto
tempo ela irá durar.
Além do Reino Unido, grandes economias mundiais tiveram resultados ruins no segundo trimestre. O PIB do Japão se
contraiu em 0,6% no segundo
trimestre deste ano em relação
aos três meses anteriores, sinalizando que a segunda maior
economia mundial está caminhando para uma recessão. Já a
zona do euro teve a sua primeira retração desde 1995 (-0,2%),
com a principal economia do
bloco, a Alemanha, contraindo-se em 0,4%.
Com o "Financial Times"
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