São Paulo, domingo, 23 de agosto de 1998

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Inflação traz discrepâncias

da Redação

Todas as discrepâncias da poupança, concorda o economista Claudio Roberto da Silva Carmo, estão relacionadas ao processo inflacionário vivido pelo país durante décadas.
Tanto assim, observa ele, que as variações são maiores no período mais recente dos 31 anos. Foi quando a inflação disparou.
O mais curioso, completa o economista, é que o brasileiro continuou depositando nas cadernetas. Ele atribui essa preferência à falta de opções para valores mais modestos.
Se em janeiro de 67 o poupador hipotético tivesse optado por comprar dólares com Cr$ 506.350, teria 31 anos depois R$ 278, contra R$ 1.991 na poupança.
A maior saída de recursos da poupança ocorreu no Plano Collor, diz Carmo.
Em valores constantes, observa-se pelos gráficos da dissertação de Carmo que o saldo da poupança encolheu de 31% a 33% de forma permanente, ou seja, mesmo após a devolução de todos os cruzados bloqueados. No processo eleitoral de 89, a redução, temporária, foi de 12% a 13%.
O Real, diz Carmo, parece ter recuperado a confiança dos brasileiros na caderneta. O incremento de saldo ficou ao redor de 20%. A estabilidade da inflação permite planejar poupança e consumo futuros, diz ele.



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