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Inflação traz
discrepâncias
da Redação
Todas as discrepâncias da
poupança, concorda o economista Claudio Roberto
da Silva Carmo, estão relacionadas ao processo inflacionário vivido pelo país
durante décadas.
Tanto assim, observa ele,
que as variações são maiores no período mais recente
dos 31 anos. Foi quando a
inflação disparou.
O mais curioso, completa
o economista, é que o brasileiro continuou depositando nas cadernetas. Ele
atribui essa preferência à
falta de opções para valores
mais modestos.
Se em janeiro de 67 o poupador hipotético tivesse
optado por comprar dólares com Cr$ 506.350, teria
31 anos depois R$ 278, contra R$ 1.991 na poupança.
A maior saída de recursos
da poupança ocorreu no
Plano Collor, diz Carmo.
Em valores constantes,
observa-se pelos gráficos da
dissertação de Carmo que o
saldo da poupança encolheu de 31% a 33% de forma
permanente, ou seja, mesmo após a devolução de todos os cruzados bloqueados. No processo eleitoral
de 89, a redução, temporária, foi de 12% a 13%.
O Real, diz Carmo, parece
ter recuperado a confiança
dos brasileiros na caderneta. O incremento de saldo
ficou ao redor de 20%. A estabilidade da inflação permite planejar poupança e
consumo futuros, diz ele.
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