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Reservas do país
atingem recorde
de US$ 514,5 bi
DE PEQUIM
As reservas internacionais
da China cresceram US$
111,2 bilhões entre janeiro e
setembro de 2004 e atingiram o valor recorde de US$
514,5 bilhões, equivalente a
mais de um terço do PIB do
país, de US$ 1,4 trilhão.
Parte da alta se deve ao
crescente volume de Investimentos Estrangeiros Diretos
(IDE), que somaram US$
48,7 bilhões nos primeiros
nove meses do ano, um aumento de 21% em relação a
igual período de 2003. No
ano passado, a China se tornou o principal destino de
IDEs no mundo, com um total de US$ 53,5 bilhões.
Outra fonte de moeda estrangeira é o comércio exterior. A China vem tendo superávits constantes em sua
balança comercial desde
meados dos anos 90. A última fonte é o capital especulativo de curto prazo.
As reservas chinesas são
maiores que o PIB do Brasil
de 2003, de US$ 493 bilhões.
Também são dez vezes superiores às reservas brasileiras,
de US$ 49,5 bilhões, incluídos os empréstimos do FMI
(Fundo Monetário Internacional) ao país.
O economista Michael Pettis, professor de Finanças Internacionais da Universidade de Pequim, diz que o volume de reservas da China é
superior ao que ela necessita
para se defender de choques
externos. A dívida externa
do país é de US$ 220 bilhões.
O Banco Central chinês
compra todos os dólares que
entram no país por meio da
emissão de yuans, o que aumenta a quantidade de moeda nacional em circulação.
Isso se traduz em pressão
para elevação de empréstimos bancários, o que pode
aumentar a quantidade já
preocupante de créditos de
má-qualidade no sistema financeiro chinês, diz Pettis.
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