São Paulo, sábado, 23 de outubro de 2004

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Reservas do país atingem recorde de US$ 514,5 bi

DE PEQUIM

As reservas internacionais da China cresceram US$ 111,2 bilhões entre janeiro e setembro de 2004 e atingiram o valor recorde de US$ 514,5 bilhões, equivalente a mais de um terço do PIB do país, de US$ 1,4 trilhão.
Parte da alta se deve ao crescente volume de Investimentos Estrangeiros Diretos (IDE), que somaram US$ 48,7 bilhões nos primeiros nove meses do ano, um aumento de 21% em relação a igual período de 2003. No ano passado, a China se tornou o principal destino de IDEs no mundo, com um total de US$ 53,5 bilhões.
Outra fonte de moeda estrangeira é o comércio exterior. A China vem tendo superávits constantes em sua balança comercial desde meados dos anos 90. A última fonte é o capital especulativo de curto prazo.
As reservas chinesas são maiores que o PIB do Brasil de 2003, de US$ 493 bilhões. Também são dez vezes superiores às reservas brasileiras, de US$ 49,5 bilhões, incluídos os empréstimos do FMI (Fundo Monetário Internacional) ao país.
O economista Michael Pettis, professor de Finanças Internacionais da Universidade de Pequim, diz que o volume de reservas da China é superior ao que ela necessita para se defender de choques externos. A dívida externa do país é de US$ 220 bilhões.
O Banco Central chinês compra todos os dólares que entram no país por meio da emissão de yuans, o que aumenta a quantidade de moeda nacional em circulação. Isso se traduz em pressão para elevação de empréstimos bancários, o que pode aumentar a quantidade já preocupante de créditos de má-qualidade no sistema financeiro chinês, diz Pettis.


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