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Acusados negam atuação criminosa
DA REPORTAGEM LOCAL
O advogado Maurício Silva
Leite, defensor do empresário Marco Antonio Mansur,
diz que seu cliente está preso
indevidamente há mais de
60 dias porque a Polícia Federal confundiu-o com um
dos filhos, chamado Marco
Antonio Mansur Filho.
"Estão fazendo uma grande confusão porque eles têm
o mesmo nome. O pai tem
nove filhos e não tinha negócios com o Mansur Filho".
Leite ressalta que não conhece a situação legal de
Mansur Filho por não ser seu
advogado, mas defende que a
Justiça repare o que considera um "equívoco" da PF: "É
muito importante que sejam
separadas as filhas do filho e
do pai". Segundo o advogado,
foi por causa desse "equívoco" que a PF imputou a seu
cliente o papel de líder da
quadrilha.
"As gravações dos telefonemas não provam que o pai
comandava o filho. Não tem
nenhuma conversa deles sobre importações", afirma.
A Folha tentou falar na última sexta-feira com o advogado de Mansur Filho, Antonio César Achôa Morandi,
mas ele não ligou de volta
para o jornal.
O advogado de Aldo Hey
Neto, André Melo Filho, diz
que o auditor nunca recebeu
propina de US$ 100 mil, como afirma a PF. "Não há provas disso. Há cinco ou seis
conversas sobre os US$ 100
mil, cada uma com uma versão para os fatos. É impossível saber qual delas é a correta", afirma.
Para Melo Filho, seu cliente tinha cerca de R$ 2 milhões em casa porque ia
comprar um apartamento.
Ele diz que nunca perguntou
a seu cliente a origem do dinheiro. A PF também não
tem provas de corrupção do
seu cliente, segundo ele.
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