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PAINEL S/A
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Prazo fatal
O pacote fiscal só vai reduzir o
déficit público em 98 se os juros
chegarem em julho no patamar
que estavam antes do "El Niño"
financeiro, diz Tómas Málaga,
economista-chefe do Unibanco.
Na ponta do lápis
Se a hipótese de Málaga se concretizasse, o país fecharia 98 com
um déficit nominal de 4% do PIB,
contra 4,5% deste ano.
Fazendo as contas
Málaga estima melhora no déficit primário -gastos e despesas,
sem levar em consideração os juros- da ordem de 1,1% do PIB.
Mesmo sendo reduzidos até julho,
os gastos com juros, que impactariam a dívida do governo, subiriam 0,6% do PIB.
Com cautela
Nos cálculos de Málaga, com a
privatização, o governo poderá
cancelar cerca de US$ 35 bilhões
da dívida interna. "É uma estimativa moderada. A arrecadação com
privatizações deve ser maior."
Sem remendos
Para o JP Morgan, "não há solução mágica" para acabar com o déficit público e o esforço fiscal proposto poderá não ser suficiente
para acabar com a pressão sobre a
política monetária. "O pacote em
nenhuma medida reduz a necessidade de reformas de longo prazo,
estruturais, da Constituição."
Apimentando o debate
Para José Carlos Grubisich, presidente da Rhodia, a Petrobrás será privatizada "mais cedo do que
se imagina". O novo dono, diz, deve direcioná-la também para o setor petroquímico, como acontece
com as outras grandes do petróleo.
Nas alturas
Na era da globalização, a moda
entre grandes empresas é aproveitar viagens para realizar reuniões e
conferências. Mais de 23 Boings
Business Jets -aviões com escritórios e auditórios dentro-, no
valor estimado de US$ 30 milhões, foram vendidos recentemente.
Buscando capital
A Poli Participações, holding da
família Levy, fará uma emissão de
debêntures no total de R$ 20 milhões dando como garantia ações
ordinárias da empresa que edita o
jornal "Gazeta Mercantil".
Poder decisório
A Poli elegeu novo diretor administrativo e financeiro: Roberto
Pinto. Todas as decisões envolvendo grandes negócios entre as empresas do grupo dependerão de assinatura do novo diretor.
Aperto na margem
A lucratividade no sistema bancário brasileiro cai em 98, diz a Salomon Brothers. "Em geral, os
bancos vão sofrer", diz, ressaltando que "o risco sistêmico é baixo".
Atrasando mais
Em setembro, a inadimplência
média de dez bancos de varejo
-empréstimos em atraso sobre o
volume total- foi de 2,2%, diz a
Austin Asis. A inadimplência deve
crescer, avalia.
Mostrando coragem
Para o ING Barings, ao tomar
medidas "impopulares" 11 meses
antes das eleições, o governo mostra forte determinação em melhorar os fundamentos econômicos e
manter a confiança na moeda.
Equilíbrio precário
O país ainda está vulnerável a
"choques internos e externos",
diz o ING Barings. A sobrevalorização da moeda, afirma, impõe
contração no crescimento econômico, que deve cair para 2% em 98.
Pagando caro
Para o ING Barings, um freio
prolongado traria correção nos
preços relativos e recuperação na
competitividade das exportações,
mas "com um alto custo".
Impacto fulminante
O JP Morgan e o ING Barings
qualificaram o pacote da mesma
forma: "impressionante".
Aposta nas estaduais
O Credit Suisse First Boston recomenda a compra de ações da
Copel, Cemig e Light, com "dinheiro em caixa e dívidas reduzidas". Mas não aconselha o investimento em Eletrobrás.
Base rebelde
Synésio Batista da Costa, da
Abrinq, diz que vários setores discordam do "catastrofismo" da
CNI. Para ele, as previsões sobre
recessão e demissões deixam os
consumidores inseguros.
E-mail:±painelsa@uol.com.br
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