São Paulo, sábado, 23 de novembro de 2002

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FRAUDE

Justiça aceita denúncia no caso Nacional

DA SUCURSAL DO RIO

A Justiça Federal no Rio aceitou ontem a denúncia contra os 22 ex-controladores do banco Nacional e do Interbanco (subsidiário do Nacional no Paraguai), acusados das supostas práticas de gestão fraudulenta, evasão de divisas e formação de quadrilha.
Entre os acusados estão o ex-presidente do Nacional, Marcos Magalhães Pinto, o ex-diretor executivo Arnoldo de Oliveira e o ex-vice-presidente de Controladoria Clarimundo Sant'Anna. Os acusados não podem deixar o país sem autorização judicial.
Segundo a denúncia, oferecida pela procuradora Mônica Campos de Ré, eles também teriam mantido o Interbanco de forma ilegal. Segundo, os denunciados remeteram para o exterior o total de US$ 6 bilhões, entre 1990 e 1995, por meio de contas do Interbanco pertencentes a pessoas não-residentes no Brasil (as chamadas CC-5).
O advogado Nélio Machado, que defende Magalhães Pinto, disse que a denúncia não tem embasamento e que por isso só foi oferecida agora, apesar de o inquérito ser de 1995.
"Uma denúncia que levou sete anos para ser feita é porque não tem embasamento. Para mim, ela é um espasmo acusatório e uma tentativa de eternizar o caso Nacional", disse Machado.
O advogado vai aguardar o despacho do juiz Marcos André Bizzo Moliari para decidir como agir. "Posso questioná-la ou apenas proceder com a defesa."


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