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BANCOS
STF suspende indenização contra o BNB
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O Supremo Tribunal Federal livrou o BNB (Banco do Nordeste
do Brasil) ao menos temporariamente do pagamento de uma megaindenização, estimada em R$
32,7 milhões, à empresa Arisa
Agroindustrial e Reflorestadora,
do Ceará.
Os ministros do STF confirmaram, na quarta-feira, decisão do
presidente do tribunal, Marco
Aurélio de Mello, de abril, que
suspendera liminar do Tribunal
de Justiça do Ceará pela qual o dinheiro teria que ser liberado.
Esse é considerado um caso emblemático de excesso do Judiciário na fixação do valor de indenizações contra o poder público. Ao
esclarecer o teor da decisão, Marco Aurélio criticou as megaindenizações, dizendo que "a ação de
indenização não pode resultar em
verdadeira loteria".
A disputa judicial surgiu em
1995. Consta que a Arisa era ligada a outra empresa, que tinha dívida com o BNB. A execução pelo
banco de um débito de R$ 200 mil
contra ela a teria levado a dificuldades financeiras.
O aspecto mais polêmico do caso, segundo Marco Aurélio, é que
a decisão do TJ-CE determinando
a liberação do dinheiro é posterior a uma decisão do mesmo tribunal que havia anulado o processo.
O caso chegou ao Supremo por
meio de um recurso da União e
do BNB, chamado suspensão de
segurança, que é utilizado pelo
governo para cassar liminares das
instâncias inferiores.
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