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Bancos terão R$ 7 bi com nova regra
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A mudança nas regras do recolhimento compulsório anunciada
pelo Banco Central na última sexta-feira deve representar uma
economia de aproximadamente
R$ 7 bilhões para os bancos que
atuam no Brasil. Desse total, as
instituições financeiras de pequeno e médio portes devem responder por cerca de R$ 2 bilhões.
Uma semana depois da intervenção no Banco Santos, o BC decidiu alterar as regras do recolhimento compulsório, que corresponde à parcela dos depósitos
bancários que as instituições financeiras são obrigadas a recolher no BC.
Os bancos precisam recolher ao
BC o equivalente a 15% do dinheiro captado por meio de seus depósitos a prazo, como os CDBs
(Certificados de Depósito Bancário). O recolhimento é feito por
meio de títulos públicos, ou seja,
os bancos precisam adquirir os
papéis e entregá-los ao BC.
Na semana passada, decidiu-se
conceder uma espécie de desconto nesse recolhimento no valor de
até R$ 300 milhões para cada banco. Ou seja, o banco que precisava
recolher R$ 500 milhões agora só
recolhe R$ 200 milhões.
A medida teve como objetivo
beneficiar os bancos de menor
porte, para quem a cobrança do
compulsório tinha um peso muito grande. A falta de capacidade
de fazer esse recolhimento foi um
dos motivos que levaram o BC a
intervir no Banco Santos. Se estivesse em vigor antes, o Banco
Santos estaria, na prática, isento
dessa cobrança.
Dos 108 bancos que entregaram
suas demonstrações financeiras
ao Banco Central no primeiro semestre, 91 recolhem um compulsório inferior a R$ 300 milhões.
Ao todo, essas instituições financeiras deixarão de entregar ao BC
o equivalente a aproximadamente R$ 2 bilhões.
Como a medida vale para todos
os bancos, as instituições maiores
também foram beneficiadas, mas
em menor escala. O grupo formado pelas 17 maiores instituições
em termos de depósitos a prazo
deixarão de recolher o equivalente a cerca de R$ 5 bilhões.
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